segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Musical da Legalidade


Musical relembra a mobilização dos gaúchos em defesa da Legalidade

Porto Alegre/RS - O Musical da Legalidade, apresentado nos dias 3 e 4, em frente ao Palácio Piratini, foi uma oportunidade de reviver o que aconteceu em 1961 com o movimento pela defesa da Constituição. No espetáculo de som e luzes, com duração de 60 minutos, o publico se emocionou ao conhecer ou reencontrar nos atores, os personagens que fizeram do Rio Grande do Sul, 50 anos atrás, palco de um dos momentos políticos mais importantes do País.

O musical integra as atividades preparadas pelo Governo do Estado para marcar os 50 anos da Legalidade, um dos episódios mais marcantes da histórica da democracia brasileira. Todas as artes colaboraram para que o cenário político da época fosse relembrado. Dança, teatro e música encantaram aqueles que foram assistir ao espetáculo e que durante mais de uma hora puderam ouvir os discursos de Getúlio Vargas, Jânio Quadros, Leonel Brizola e João Goulart. O Musical, que resgatou canções da época, como marchas e o hino da Legalidade, apresentou a indignação do povo ao ver nos jornais a renúncia de Jango, a mobilização da Cadeia de rádios da Legalidade e o Comitê de Resistência Democrática, onde milhares de homens e mulheres se alistaram para lutar se fosse preciso.

Silêncio sobre a Legalidade

Autor da Hino da Legalidade, o ator Paulo César Péreio, participou dos dois dias da apresentação do Musical, e contou para o público como foi solicitado pelo governador Leonel Brizola, o hino do movimento à oficina de artistas do Teatro de Equipe, que funcionava na Rua General Vitorino, centro de Porto Alegre. Com letra de Lara de Lemos, poetisa falecida em 2010, o hino que aclama a luta pela liberdade e igualdade foi um dos momentos que mais emocionou o público, que cantou e vibrou como se estivesse vivendo o episódio. Como disse a dona de casa Elisionea Gusmão: "o musical conseguiu reviver um passado que nunca se esquece".

O governador Tarso Genro lembrou o silêncio que existe sobre a Legalidade e disse que o cinquentenário tem sido de muitas celebrações. "O governo resolveu instituir este tema como relevante para a história republicana e democrática do Brasil", afirmou ao ressaltar que o Estado sempre esteve na vanguarda na defesa da democracia, liberdade e reformas. "Daqui saiu Getúlio Vargas, João Goulart, Leonel Brizola. Nada mais justo do que um conjunto de atividades, como este espetáculo magnífico, para que o Rio Grande do Sul continue interferindo benignamente na história do país. Esta sempre foi a nossa postura e vai ser sempre o nosso destino".

O espetáculo e outras atividades em comemoração aos 50 anos da Legalidade foram elaboradas pela Secretaria de Comunicação e Inclusão Digital (Secom). A titular da Secom, Vera Spolidoro, disse que o episódio da Legalidade faz parte da política brasileira, porém é pouco conhecido. "A memória tem que ser respeitada e preservada, e a Legalidade foi um momento de unidade do Rio Grande do Sul e a unidade pela democracia foi marcante no país". Conforme Vera, o movimento foi essencial para que o golpe planejado para 1961 fosse adiado, vindo a acontecer em 1964. "A própria alma do Rio Grande se vê refletida neste episódio", afirmou.



Com direção artística de Luciano Alabarse, musical de Hique Gómez, geral de Carla Joner, roteiro de Rafael Guimaraens e executiva de Claudia D'Mutti, o Musical da Legalidade conseguiu reproduzir o clima político e emocional da época. Um espetáculo multimídia que uniu a arte e a história do país, utilizando como palco principal o Palácio Piratini, sede do movimento na época. Crianças, jovens, adultos e pessoas que inclusive viveram a Campanha pela Legalidade em 1961 vibraram com a apresentação.

Fonte: Portal do Governo do RS  -    Grifos deste blog

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