Colunismo de insulto como o da Veja é uma invenção americana
Por Eduardo Guimarães*
“Canalha”, “sem-vergonha”, “farsante”, “vagabundo”, “ladrão”… Não, aqui não se irá aludir a um “barraco” qualquer em uma feira, a uma briga de torcidas em um estádio de futebol ou a algum chilique de algum proxeneta em algum prostíbulo, mas a um estilo pretensamente jornalístico de “comentários políticos” que se tornou regra na grande imprensa brasileira ao lado do que ela publica como noticiário “isento”, que, no mais das vezes, não passa de mais opinião, só que disfarçada.
Isso que pretendem que seja jornalismo só funcionou por aqui porque foi criado por “lá”, ou seja, nos Estados Unidos, país que influenciou decisivamente a edificação de um modelo político-institucional brasileiro no qual um sistema de determinados “contrapesos” torna os governos politicamente frágeis sob a “garantia” de que não podem ter muito poder porque estariam permanentemente tentados a cometer excessos.
O criador desse estilo que faz hoje a cabeça do colunismo brasileiro foi o americano Irving Kristol, nascido em Nova Iorque em 1920 e falecido em Falls Church em 2009. Foi escritor, jornalista e intelectual. Entrou para história como “padrinho do neoconservadorismo”, um movimento pseudo jornalístico que ganhou força nos Estados Unidos durante a segunda metade do século XX.
Em 1973, Michael Harrington, escritor americano então considerado a antítese de Kristol por ser socialista e ativista político, além de professor e comentarista de rádio, inventou o termo “neoconservadorismo” para descrever movimento de intelectuais de direita americanos que surgiu para combater posições do Partido Democrata consideradas por esse movimento como de viés “socialista”. O “neoconservadorismo” pretendia ser uma “nova” forma de conservadorismo. (...)
NÃO HÁ MAIS NADA A ACRESCENTAR AO TEXTO LUCIDO, CLARO E QUE NAO DEIXA NENHUMA DUVIDA AO LEITOR.
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