Uma semana depois truculência em despejo continua a chocar
Uma semana depois de uma das mais violentas operações de repressão policial desencadeadas pelo gestão tucana do governador Geraldo Alckmin, o despejo de 1.600 famílias - seis mil pessoas - no Pinheirinho (São José dos Campos) a ação continua a chocar a sociedade e o governo federal.
Ministros do governo Dilma Rousseff - a presidenta definiu a ação como "uma barbárie" - como o secretário-geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho e a ministra-secretária de Direitos HUmanos da Presidência, Maria do Rosário expressaram todo o seu horror no Fórum Social Mundial em Porto Alegre.
"O que se viu no Pinheirinho, como nós vimos - lembrou o ministro Gilberto - foi um grande aparato militar preparado e executado. Não foi seguido do ponto de vista de reacomodação das pessoas. Tudo aquilo poderia ter sido evitado se uma solução para aquela gente já tivesse sido viabilizada. Não se trata de contestar decisão judicial, mas de dialogar com a Justiça que é sensível a soluções negociadas."
Ministros do governo Dilma Rousseff - a presidenta definiu a ação como "uma barbárie" - como o secretário-geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho e a ministra-secretária de Direitos HUmanos da Presidência, Maria do Rosário expressaram todo o seu horror no Fórum Social Mundial em Porto Alegre.
"O que se viu no Pinheirinho, como nós vimos - lembrou o ministro Gilberto - foi um grande aparato militar preparado e executado. Não foi seguido do ponto de vista de reacomodação das pessoas. Tudo aquilo poderia ter sido evitado se uma solução para aquela gente já tivesse sido viabilizada. Não se trata de contestar decisão judicial, mas de dialogar com a Justiça que é sensível a soluções negociadas."
"Ninguém perguntava ou respondia nada, apenas atacavam"
A ministra Maria do Rosário vai na mesma linha: "houve violação dos direitos humanos não apenas na operação, na destruição das casas (1.600), mas também na falta de preparação de um lugar para as pessoas irem".
A titular dos direitos HUmanos acredita que a juíza que determinou o despejo sem se preocupar com a retaguarda necessária para salvaguardar o direito das famílias desconhecia as negociações nas quais os agora sem-teto, organizações de direitos humanos e vários outros setores buscavam uma solução.
Impressionante, também, o depoimento do secretário de Articulação Social, Paulo Maldos, designado pela Presidência da República para acompanhar a ação de despejo domingo passado. Maldos foi ferido por bala de borracha no Pinheirinho. "Para mim estava em jogo a opção entre civilização e barbárie. Trataram povo como numa operação de guerra. Ninguém perguntava ou respondia nada, apenas atacavam".
A titular dos direitos HUmanos acredita que a juíza que determinou o despejo sem se preocupar com a retaguarda necessária para salvaguardar o direito das famílias desconhecia as negociações nas quais os agora sem-teto, organizações de direitos humanos e vários outros setores buscavam uma solução.
Impressionante, também, o depoimento do secretário de Articulação Social, Paulo Maldos, designado pela Presidência da República para acompanhar a ação de despejo domingo passado. Maldos foi ferido por bala de borracha no Pinheirinho. "Para mim estava em jogo a opção entre civilização e barbárie. Trataram povo como numa operação de guerra. Ninguém perguntava ou respondia nada, apenas atacavam".
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Manifesto cobra ação de organismos internacionais contra barbárie no Pinheirinho
Vamos assinar e hipotecar integral apoio ao manifesto que pede que o despejo no Pinheirinho seja denunciado à Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) da Organização dos Estados Americanos (OEA). Recém lançado, o documento já obteve a adesão de especialistas como o ex-ministro Paulo Sérgio Pinheiro e dos juristas Hélio Bicudo e Fábio Konder Comparato. O manifesto é, também, uma denúncia de que a reintegração e a truculência da repressão desencadeada constituem flagrante desrespeito aos mais elementares princípios da nossa Constituição. Além da OEA, a ONU também já se manifesta sobre a ação na qual demoliram 1.600 casas e deixaram seis mil pessoas desabrigadas. (por José Dirceu).
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