sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

O mundo se reúne em Porto Alegre



Porto Alegre/RS - Somos Andando - Em debate na Casa de Cultura Mário Quintana nesta quinta-feira à tarde (26), Marcelo Branco lembrou que no Fórum Social Mundial de 2001, o primeiro, foi feita uma conexão para que um participante europeu entrasse ao vivo na programação. Hoje uma conversa por Skype transmitida num telão não é nada absurdo, mas naquela época era uma fortuna e extremamente complicado. Provando que a tecnologia pode ser usada para nos conectar, aproximar movimentos, fortalecer lutas, o Conexões Globais 2.0, uma atividade que integra o Fórum Social Temático e que está sendo promovida pela Associação Software Livre e as Secretarias de Cultura e de Comunicação e Inclusão Digital do estado, trouxe ativistas digitais de diversas partes do mundo para o debate. Eles entraram virtualmente e possibilitaram uma troca que provavelmente tivesse sido inviável de acontecer de forma presencial. Marcelo, um dos idealizadores do evento e ativista do software livre, estava todo faceiro diante do sucesso da ideia.

Não precisa muito para entender por que a coisa funcionou tão bem. O objetivo era discutir os movimentos sociais que vêm agitando o mundo nos últimos meses – Egito, Tunísia, Espanha, Estados Unidos, Inglaterra… – e o papel da internet nesse processo de democratização. Daí trouxeram participantes diretos desses movimentos, que podem falar melhor do que ninguém sobre o que aconteceu. E fizeram isso usando a ferramenta que está sendo debatida. A internet se torna, também aqui, um instrumento de aproximação.

A internet como direito humano

Tudo começou quarta à tarde. Com outras atividades desde as 14h, o Conexões apresentou o primeiro Diálogos Globais às 16h, conectando com o advogado espanhol Javier de La Cueva. Por aqui, os debatedores eram de peso. A ministra da Secretaria dos Direitos Humanos da Presidência da República, Maria do Rosário, aproveitou para fazer o link com a Comissão da Verdade e, principalmente, a Lei Geral de Acesso à Informação, ambas sancionadas no ano passado pela presidenta Dilma, afirmando que o governo é público e que tem que estar preparado para prestar contas de cada ação. E perguntou: “Que direito à educação e à cultura pode existir se não há direito à informação e acesso à internet? Muitos defendem que também na rede o regulador seja o mercado. Nós defendemos que seja a sociedade livre”. A opinião foi compartilhada por Rogério Santanna, ex-presidente da Telebras, que defendeu a necessidade de interferência do Estado na distribuição da banda larga com o argumento de que hoje, regulada pelo mercado, a banda larga e concentrada nas regiões mais ricas do país. O cientista político Giuseppe Cocco completou a mesa.

Da Primavera Árabe à internet na construção da democracia 2.0

Mas a Casa de Cultura lotou mesmo no diálogo seguinte, quando o ex-ministro da Cultura Gilberto Gil, o chefe de gabinete do governador do RS e coordenador do Gabinete Digital, Vinícius Wu, e o jornalista criador do Le Monde Diplomatique Brasil, Antônio Martins, fizeram o debate com base na fala da jornalista Olga Rodríguez, especialista em Oriente Médio. A webconferência tratou da Primavera Árabe e versou sobre a internet como um instrumento de “construção da democracia”, nas palavras de Gil. Uma das intervenções mais aplaudidas foi a de Martins, ao defender a utilização da internet de forma propositiva e ativa. (...)
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