sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

ENEM

Perseguição ao ENEM é ideológica


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Ministro da Educação, Fernando Haddad
“O coroamento do ENEM passa por duas edições por ano. Mas, não podemos colocar a máquina em fadiga, sobretudo com essas novas exigências”, afirmou o ministro da Educação, Fernando Haddad, ao admitir o que todos temíamos e menos desejávamos no país: as campanhas movidas contra o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) podem já estar começando a prejudicar a realização de duas edições da prova por ano. O ministro admitiu a possibilidade de não ocorrer o 1º ENEM deste ano, marcado inicialmente para   abril.
Muito corretamente, Haddad questiona: "Dá quase a impressão de que há uma questão ideológica por trás, e não uma questão técnica séria. Será que é isso?”. E o ministro conclui com uma dúvida-confissão. "Eu até estranho: por que isso (a exigência de acesso às correções) foi feito agora e não no momento do edital? Não é só querer, tem de se preparar tecnicamente para atender adequadamente ao pleito”.
O questionamento do Haddad é feito em cima das ações movidas pela Ministério Público Federal (MPF) do Ceará e do Rio de Janeiro, que determinam ao Ministério da Educação (MEC), que permitam o acesso dos candidatos às cópias da redação do ENEM. O MEC já havia decididido nesse sentido, estabelecendo que a partir deste ano as redações podem ser acessadas, via internet.

Como venho falando aqui - escrevi ainda ontem a respeito - essa tentativa de desmoralização do ENEM serve apenas ao negócios, aos interesses da indústria privada de cursinhos preparatórios para o vestibular. Nessa linha, vale lembrar que a pressão em cima do ENEM nunca foi feita em relação aos vestibulares.

Leiam aqui a entrevista do mês com o ministro da Educação, Fernando Haddad frente a seu novo desafio no qual ele defende o ENEM como um modelo de prova mais inteligente e mais instigante que os vestibulares tradicionais, exatamente por exigir do aluno menos memorização e mais reflexão. (por José Dirceu)
 

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