A advogada Mari Perusso, integrante da Assessoria Superior do Governo Gaúcho, ex-presidenta estadual do Partido Pátria Livre - PPL, devido a divergências com a linha adotada pela direção nacional desse partido de romper com o governo Dilma e aliar-se à oposição raivosa, inclusive aqui no RS, decidiu sair do mesmo - veja postagem anterior aqui - e, mantendo sua coerência política e alinhamento à esquerda, filiar-se ao Partido dos Trabalhadores, acompanhada por um grande número de dirigentes e militantes históricos. O Ato de filiação ocorreu hoje em Porto Alegre e teve a presença da direção estadual do PT, parlamentares e do governador Tarso Genro (foto).
A seguir, a íntegra do pronunciamento da companheira Mari Perusso, postado em seu face:
"Hoje me filiei ao Partido
das Trabalhadoras e dos Trabalhadores - PT.
Obrigada pela acolhida da
Direção Partidária, das companheiras e companheiros.
Presidente Vanazzi, hoje é
um dia especial pra mim. É uma honra estar aqui.
Querido companheiro Raul
Pont, em teu nome saúdo a militância e dirigentes do PT, agradecendo a acolhida
dos vereadores e vereadoras, dos deputados e deputadas, estaduais e federais,
bem como dos secretários e secretárias de governo.
Em nome do secretário e
amigo Pestana, cumprimento meus companheiros e companheiras de governo. Quero
agradecer o companheiro Toni Proença e, em nome dele, a todos os companheiros e
companheiras que estão hoje aqui comigo.
E quero também agradecer,
muito especialmente, ao governador Tarso Genro, com quem muito tenho aprendido
e me inspirado na prática política, o que foi importante para esta minha
decisão.
O que me move
Desde muito cedo as idas e
vindas nas tramas da existência me colocaram na luta, seja quando da luta pelo
fim da ditadura, pela emancipação das mulheres, contra a carestia, entre tantas
outras.
Os primeiros passos dessa
trajetória foram dados no chão vermelho do noroeste gaúcho, minha região de
origem.
Desde lá, sempre tive como
premissas a dimensão utópica e a capacidade de indignação perante as
desigualdades estruturais legadas por um passivo histórico de 500 anos de
dominação quase ininterrupta.
Para mim, palavras como
esperança e humanismo deveriam ser categorias políticas fundantes de qualquer
projeto de emancipação social. Movida por essas ideias, abracei a militância
política /partidária por entendê-la como um instrumento de transformação da
vida de mulheres e homens, sobretudo para aquelas e aqueles pertencentes a
segmentos historicamente subalternizados da sociedade.
Nos últimos doze anos, esse
passivo tem sido amortizado por um conjunto de políticas que elevaram a classe
trabalhadora para um novo patamar de perspectiva social e incluíram milhões de
brasileiras e brasileiros. O acerto desse projeto nacional evidencia-se pelas
reações contrárias de minorias ruidosas de nossas elites, que ainda exercem
influência em setores importantes da vida brasileira, seja no campo da economia
ou do monopólio da mídia.
Em tempos de ameaça de
descontextualização da história, evocando velhos fantasmas, como a nostalgia
autoritária, o preconceito social e racial, e a criminalização da política,
urge a necessidade de uma reforma política, do combate à corrupção e da
manutenção dos avanços econômicos e sociais.
Neste tempo não há espaço
para omissões ou silêncios. Por tudo isso, com muita tranquilidade,
determinação e vontade de continuar militando, inicio um novo ciclo, me
filiando ao Partido dos Trabalhadores. É preciso mudar mais!
Nenhum comentário:
Postar um comentário