segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Mari Perusso, ex-presidenta do PPL/RS, filiou-se hoje ao PT


A advogada Mari Perusso, integrante da Assessoria Superior do Governo Gaúcho, ex-presidenta estadual do Partido Pátria Livre - PPL, devido a divergências com a linha adotada pela direção nacional desse partido de romper com o governo Dilma e aliar-se à oposição raivosa, inclusive aqui no RS, decidiu sair do mesmo - veja postagem anterior aqui - e, mantendo sua coerência política e alinhamento à esquerda,  filiar-se ao Partido dos Trabalhadores, acompanhada por um grande número de dirigentes e militantes históricos. O Ato de filiação ocorreu hoje em Porto Alegre e teve a presença da direção estadual do PT, parlamentares e do governador Tarso Genro (foto). 

A seguir, a íntegra do pronunciamento da companheira Mari Perusso, postado em seu face:

"Hoje me filiei ao Partido das Trabalhadoras e dos Trabalhadores - PT.

Obrigada pela acolhida da Direção Partidária, das companheiras e companheiros.

Presidente Vanazzi, hoje é um dia especial pra mim. É uma honra estar aqui.

Querido companheiro Raul Pont, em teu nome saúdo a militância e dirigentes do PT, agradecendo a acolhida dos vereadores e vereadoras, dos deputados e deputadas, estaduais e federais, bem como dos secretários e secretárias de governo.

Em nome do secretário e amigo Pestana, cumprimento meus companheiros e companheiras de governo. Quero agradecer o companheiro Toni Proença e, em nome dele, a todos os companheiros e companheiras que estão hoje aqui comigo.

E quero também agradecer, muito especialmente, ao governador Tarso Genro, com quem muito tenho aprendido e me inspirado na prática política, o que foi importante para esta minha decisão.

O que me move

Desde muito cedo as idas e vindas nas tramas da existência me colocaram na luta, seja quando da luta pelo fim da ditadura, pela emancipação das mulheres, contra a carestia, entre tantas outras.

Os primeiros passos dessa trajetória foram dados no chão vermelho do noroeste gaúcho, minha região de origem.

Desde lá, sempre tive como premissas a dimensão utópica e a capacidade de indignação perante as desigualdades estruturais legadas por um passivo histórico de 500 anos de dominação quase ininterrupta.

Para mim, palavras como esperança e humanismo deveriam ser categorias políticas fundantes de qualquer projeto de emancipação social. Movida por essas ideias, abracei a militância política /partidária por entendê-la como um instrumento de transformação da vida de mulheres e homens, sobretudo para aquelas e aqueles pertencentes a segmentos historicamente subalternizados da sociedade.

Nos últimos doze anos, esse passivo tem sido amortizado por um conjunto de políticas que elevaram a classe trabalhadora para um novo patamar de perspectiva social e incluíram milhões de brasileiras e brasileiros. O acerto desse projeto nacional evidencia-se pelas reações contrárias de minorias ruidosas de nossas elites, que ainda exercem influência em setores importantes da vida brasileira, seja no campo da economia ou do monopólio da mídia.

Em tempos de ameaça de descontextualização da história, evocando velhos fantasmas, como a nostalgia autoritária, o preconceito social e racial, e a criminalização da política, urge a necessidade de uma reforma política, do combate à corrupção e da manutenção dos avanços econômicos e sociais.

Neste tempo não há espaço para omissões ou silêncios. Por tudo isso, com muita tranquilidade, determinação e vontade de continuar militando, inicio um novo ciclo, me filiando ao Partido dos Trabalhadores. É preciso mudar mais! 

    E este processo de construção da nação brasileira exigirá muito de todas e todos." 

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