Correio do Povo - O
tesoureiro do PT João Vaccari Neto afirmou à Polícia Federal nesta quinta
feira, que todas as contribuições obtidas por ele para o partido "foram
absolutamente dentro da lei". Sobre a denúncia do delator Pedro Barusco,
de que arrecadou até US$ 200 milhões "em propinas" para o partido,
Vaccari desmentiu, por meio de seu advogado.
"Essa
informação não procede", rechaçou com veemência o criminalista Luiz Flávio
Borges D’Urso, que defende o tesoureiro do PT.
Em
nota que será divulgada ainda na tarde desta quinta feira, Vaccari ressalta que
"há muito tempo estava ansioso para se manifestar e prestar os
esclarecimentos, corrigindo muitas impropriedades que saíram publicadas pela
imprensa de modo geral envolvendo seu nome".
"Essa
oportunidade aconteceu hoje", declarou Luiz Flávio Borges D’Urso.
"(Vaccari) compareceu na Polícia Federal, prestou todos os
esclarecimentos, respondeu todas as perguntas." Segundo o criminalista,
Vaccari "esclareceu (à PF), em especial, que enquanto secretário de
Finanças do PT jamais recebeu dinheiro em espécie".
"O
PT não tem caixa 2, o PT não tem conta no exterior", diz o texto divulgado
por Vaccari. "Todas as contribuições ao partido, vindas pela Secretaria de
Finanças por mim, foram absolutamente dentro da lei." D’Urso fez uma
ressalva sobre o fato de Vaccari ter sido conduzido coercitivamente à PF por
ordem judicial. "Entendo desnecessário a condução coercitiva. Bastaria
intimar o sr. Vaccari que ele compareceria e prestaria declarações, colaborando
com a investigação, aliás, como sempre fez."
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