terça-feira, 15 de novembro de 2016

Enquanto Temer fala “abobrinhas”, acerta livrar-se do “pepino” da Lava Jato



Enquanto desperdiçava o tempo com a sua incorrigível natureza de simplório com pompas, numa entrevista ao Roda Viva  – onde era difícil saber quem era mais vazio, se o entrevistado ou o entrevistador – Michel Temer, em outra frente, acertava com a escumalha golpista como dar um fim – palavras do seu ex-ministro Romero Jucá – de dar um fim a “essa porra” da Operação Lava Jato.
Helena Chagas, no site Os Divergentes, conta que no almoço de sábado, organizado por Renan Calheiros e com as indigestas presenças de Moreira Franco, José Sarney, Rodrigo “Pimpão” Maia e, pasmem, o puríssimo presidente do TCU, Aroldo Cedraz, ” se fechou (…) a reação do establishment político ao tsunami da Lava Jato às vésperas da delação premiada da Odebrecht.
Ela explica a presença do austeríssimo presidente da corte de contas, cujo filho, advogado, é acusado de azeitar negócios no TCU:
“Um dos pratos principais, e aí se explica a presença de Cedraz, foi o projeto que trata dos acordos de leniência que podem livrar as empresas  de sanções como a de não contratar mais com o poder público e até revogar condenações penais de seus executivos. Em sua primeira versão, o texto do deputado André Moura havia sido bombardeado, na semana passada, por excluir o TCU das tratativas.”
Claro, o TCU, que se especializa em arranjar senões para qualquer pequeno administrador, gosta muito de examinar negócios grandes, de vez que parte dos seus técnicos, sabe-se lá por que problemas ortopédicos, não sabe examinar os atos que se passam nos andares de cima do prédio.
Enquanto isso, os valentes procuradores conseguem a sua parte: juízes e promotores ficam “fora da lei” de abuso de autoridade. Portanto, autorizados a abusar.
Como diz meu colega Fernando Molica no Facebook:
“Qualquer um de nós poderá, amanhã, ser acusado sem provas ou evidências por um promotor. O sujeito poderá nos chamar de bandidos, acabar com nossas relações profissionais e pessoais. Um juiz também poderá condenar sem qualquer base. Anos depois, mesmo que sejamos absolvidos em alguma instância superior, nada acontecerá com os responsáveis pela destruição de nossas vidas e de nossas reputações.”
E depois dizem que Lula é que está obstruindo a Justiça…
(Por Fernando Brito no Tijolaço)

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