domingo, 13 de novembro de 2016

Retrato cruel: 180 dias do golpe de Estado no Brasil e 180 graus de retrocessos



Há seis meses, no dia 12 de maio de 2016, o Brasil e o mundo assistiam ao golpe parlamentar que afastou a presidenta Dilma Rousseff, eleita nas urnas por 54 milhões de brasileiros, e levou ao Palácio do Planalto de forma ilegítima Michel Temer. Junto com ela enterrou-se um projeto bem-sucedido de inclusão social e erradicação da fome e da miséria. Agora, o País submerge atônito, na incerteza do que virá e observa o derretimento de suas riquezas, como o pré-sal.

Um dos mais fortes retratos deste momento é o das escolas ocupadas por estudantes, acuados de forma truculenta por policiais, sem saberem os rumos da educação, ferida de morte com a PEC 241/ PEC 55 que congela investimento públicos por 20 anos. Em outra frente, agricultores penam com o desmonte das suas conquistas e vivem o vazio do desamparo. A saúde, já carente de recursos, agora assiste à possibilidade de desmonte do SUS e à agonia do setor que também sofrerá os efeitos nocivos da PEC. Cidadãos ainda não se deram conta do que está por vir com as anunciadas reformas da Previdência e Trabalhista, que penalizarão a todos com a retirada de direitos. Não bastasse tudo isso, desponta nesse pântano um Brasil misógino, que hostiliza mulheres, negros e homossexuais, fazendo aflorar a cultura do ódio e da intolerância.

Valeu o golpe paneleiros ??? Para o jurista Eugênio Aragão, "o que a gente não está vendo é que estamos num silencioso processo de involução. Estamos num momento de profunda degradação do tecido institucional do Estado brasileiro. Estamos desmontando completamente o pacto constitucional de 1988 ".

A presidenta Dilma Rousseff cometeu crime de responsabilidade para merecer esse desfecho? De acordo com o jurista Dalmo Dallari, a resposta é NÃO. O impeachment foi, antes de tudo, político, porque a "pedalada" foi utilizada impunemente por seus antecessores e não caracteriza crime de responsabilidade fiscal, pois não há prejuízo ao erário. Nasceu de uma parceria maquiavélica e que tem entre seus principais mentores o PSDB e o PMDB, setores da mídia e do Judiciário.

"A história será implacável com eles", disse a presidenta eleita Dilma Rousseff antes de deixar o cargo.

*Fonte: PT na Câmara e site do Deputado Federal Marcon/PT-RSFoto: Divulgação

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