O PSDB errou, confessa o
comercial do partido que está indo ao ar nas televisões.
Errou e segue errando.
Diz que o partido acertou quando
fez o Plano Real ( que foi feito por Itamar Franco, que não era do PSDB).
Diz que o partido lutou pelas
Diretas-Já (1984) e pela Anistia (1979), embora o partido tenha sido
fundado em 25 de junho de 1988.
E que implantou os agentes
comunitários de saúde, que foram criados no Governo Collor, embora tivessem
começado a atuar no final do Governo Sarney.
Mas agora o PSDB errou. É o que
dizem os atores do comercial?
Errou, mas não falam em quê.
Errou quando apoiou e promoveu o
golpe de estado no ano passado?
Errou antes, quando apoiou
Eduardo Cunha na conspiração?
Ou errou depois, quando foi
participar do Governo Temer?
Será que errou com as malas de
dinheiro de Aécio Neves, que continua a ser o seu presidente?
Se a mala era só pra ele, em que
o partido errou?
Ou errou quando ficou em cima do
muro no afastamento de Temer, com seu líder dizendo “sai” e o relator tucano
dizendo “fica”?
Errou quando inventou João Dória,
que agora apunhala Geraldo Alckmin, aos beijos e abraços com Michel Temer?
Há erros, erros de montão, e,
como diz o seu próprio comercial, “não basta pedir desculpas”.
Porque não confessa o erro e faz
apenas a pantomima de um arrependimento, porque não diz do quê.
Há um erro, porém, que fica
evidente na peça hipócrita.
Assume a culpa dos erros que
cometeu mas, como não diz quais, leva de quebra a de todos os erros que sobram
neste país.
Coisa de publicitário deslumbrado
que quer fazer psicanálise em comercial de 30 segundos.
O PSDB errou, sim: nasceu tucano,
virou pavão e morre como corvo.
*Por Fernando Brito, jornalista - no Tijolaço
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