Sul21 - Blog Cão Uivador - Há onze anos o
dia 11 de setembro virou, para muita gente, um símbolo de barbárie. Não foi sem
justificativa: cerca de 3 mil pessoas perderam suas vidas nos atentados
terroristas que aconteceram naquela terça-feira de 2001 nos Estados Unidos. Uma
das consequências daquele trágico dia foi a “guerra ao terror” travada pelos
EUA no Afeganistão e no Iraque, que já matou quase um milhão de pessoas.
Porém, é
sempre importante lembrar o outro 11 de setembro, que já era um símbolo de
barbárie desde 1973. Há 39 anos, também uma terça-feira, um golpe militar que
contou com o apoio dos Estados Unidos derrubou o presidente do Chile, Salvador
Allende. O general Augusto Pinochet, que fora nomeado comandante do Exército
pelo próprio Allende, traiu seu comandante-em-chefe e liderou a criminosa ação
militar que resultou no bombardeio do Palácio de la Moneda, sede da presidência
chilena.
Allende ensaiou uma resistência, mas ao perceber que não teria como
derrotar os golpistas, fez um último pronunciamento pelo rádio. Depois, cometeu
suicídio ou foi assassinado – ainda não há uma certeza sobre sua morte.
Pinochet assumiu o poder à força, para governar
ditatorialmente até 1990 e comandar uma repressão que foi das mais sangrentas
que viu a América Latina. Milhares de pessoas foram assassinadas.
Assim como lembramos e lamentamos as vidas perdidas
naquela terça-feira de 2001, é preciso também fazer o mesmo em relação às
vítimas do 11 de setembro de 1973.
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