Sábias palavras do jornalista Luiz
Carlos Azenha, hoje, em seu Face:
"Muitos
jovens que estão nas ruas não conheceram crise econômica e nem, obviamente, a
ditadura militar. Isso dá a eles uma enorme liberdade para sonhar e levar
adiante a utopia. Uma coisa já conseguiram: deixar Brasília esperta quanto aos
eternos conchavos de bastidores que sempre nos governaram. Como escrevi
anteriormente, é a queda do nosso muro de Berlim, da separação entre casa e rua
de que nos falou o antropólogo. Façamos de casa a rua e vice-versa.
Porém, é
bom alertar sobre a lei das consequências inesperadas. Um turbilhão
desorganizado e desinformado pode muito bem aprofundar a crise da qual se
pretende sair: se a economia brasileira afundar, por exemplo, o Estado terá
menos recursos para bancar os hospitais, as creches e as escolas padrão FIFA de
que tantos falam. Destruir a política que temos, da noite para o dia, pode
levar a soluções autoritárias que suprimam a conquista do espaço público.
A
questão essencial, indefinida, é quem vai pagar a conta: o setor público, com o
desmantelamento do estado e dos programas sociais? ou o setor privado, com a
taxação de fortunas e uma tabela de impostos que cobre mais de quem tem mais?"
*Azenha é jornalista da Record e Editor do Blog Viomundo
Edição e grifos deste blog
Sábias palavras do jornalista Luiz
Carlos Azenha, hoje, em seu Face:
"Muitos
jovens que estão nas ruas não conheceram crise econômica e nem, obviamente, a
ditadura militar. Isso dá a eles uma enorme liberdade para sonhar e levar
adiante a utopia. Uma coisa já conseguiram: deixar Brasília esperta quanto aos
eternos conchavos de bastidores que sempre nos governaram. Como escrevi
anteriormente, é a queda do nosso muro de Berlim, da separação entre casa e rua
de que nos falou o antropólogo. Façamos de casa a rua e vice-versa.
Porém, é
bom alertar sobre a lei das consequências inesperadas. Um turbilhão
desorganizado e desinformado pode muito bem aprofundar a crise da qual se
pretende sair: se a economia brasileira afundar, por exemplo, o Estado terá
menos recursos para bancar os hospitais, as creches e as escolas padrão FIFA de
que tantos falam. Destruir a política que temos, da noite para o dia, pode
levar a soluções autoritárias que suprimam a conquista do espaço público.
A
questão essencial, indefinida, é quem vai pagar a conta: o setor público, com o
desmantelamento do estado e dos programas sociais? ou o setor privado, com a
taxação de fortunas e uma tabela de impostos que cobre mais de quem tem mais?"
*Azenha é jornalista da Record e Editor do Blog Viomundo
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