Em sua cruzada pela
prisão de José Dirceu, a revista Veja desta semana dedica a capa à biografia
não autorizada escrita por seu editor Otávio Cabral; nela, o ex-ministro da
Casa Civil é acusado de sequestrar um estudante na juventude, de manter uma vida
tripla (e não dupla) quando vivia no Paraná e de chantagear o ex-presidente
Lula; na reportagem seguinte, logo após atirar novas pedras num réu, Veja
coloca a faca no pescoço dos ministros Teori Zavascki e Luís Roberto Barroso,
alertando para o risco de que eles livrem Dirceu da prisão; sutileza de sempre
foi mantida na era pós-Roberto Civita
Segundo informa o Sítio 247, para a revista Veja, a prisão
de José Dirceu, assim como seu aniquilamento e a destruição completa de sua
biografia, é uma questão de honra. Não fosse assim, a revista não teria
recorrido aos serviços do bicheiro Carlos Cachoeira para tentar seguir –
ilegalmente – todos os seus passos no Hotel Naoum, em Brasília. Da mesma forma,
a revista não teria feito uma capa com fogos de artifício, quando o Supremo
Tribunal Federal definiu as penas dos réus da Ação Penal 470.
Dirceu é um alvo especial para a revista
porque ocupa um papel simbólico na história da esquerda brasileira.
Transformá-lo em bandido, em personagem inescrupuloso ou numa espécie de
monstruosidade moral é uma maneira, também, de criminalizar a própria esquerda. (...)
-Clique Aqui para continuar lendo (via Brasil 247)..
*Foto: Zé Dirceu (a maior liderança estudantil brasileira nos anos 60) discursando em (mais) uma manifestação contra a ditadura militar, em 1968, no centro de São Paulo/SP.
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