sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Cães de guarda dos bancos, agências de classificação pregam o endividamento para depois promover a privataria

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Agências de classificação e governos: endividar para privatizar
Reproduzido originalmente em 03.11.2013
No confronto financeiro que desponta hoje as agências de classificação estão desempenhando um papel político de “executoras”, como guardiãs do crédito, para pressionar  Islândia, Grécia e até mesmo os Estados Unidos para que sigam políticas orientadas aos credores, que inevitavelmente levam a crises financeiras.
Essas crises, por sua vez, forçam governos devedores a vender patrimônio público em condições de estresse. Perseguindo esse trabalho de cães de guarda dos bancos mundiais, as agências de classificação estão intensificando uma estratégia política que refinaram ao longe de mais de uma geração, na arena corrupta da política doméstica dos Estados Unidos.
Em 1936, como parte das reformas do mercado financeiro norte-americano, promovidas pelo New Deal [políticas públicas do ex-presidente Franklin Delano Roosevelt para enfrentar a Depressão econômica], os reguladores proibiram os bancos e administradores financeiros institucionais de comprar títulos considerados “especulativos” pelos “reconhecidos manuais de classificação”.
Empresas de seguro, fundos de pensão e fundos mútuos submetidos à regulamentação pública foram obrigados a “levar em consideração” a visão das agências de análise de crédito, o que deu a elas um monopólio sancionado pelo governo.
Essas agências fazem dinheiro oferecendo suas “opiniões” (pelas quais nunca são legalmente responsáveis) a respeito da possibilidade de remuneração de várias graduações de títulos, de AAA (as dívidas asseguradas por governos, as que têm graduação top porque os governos sempre podem imprimir dinheiro para pagar) até as profundezas dos títulos junk.
As agências Moody’s, Standard and Poor’s e Fitch se concentram principalmente em ações e títulos emitidos por corporações, estados e municípios.
Fazem dinheiro duas vezes na mesma transação quando cidades e estados equilibram seus orçamentos transformando patrimônio público em entidades privadas, que emitem novos títulos e ações. (...)
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