terça-feira, 1 de setembro de 2015

Sartori aposta no caos para aprovar aumento do ICMS




O funcionalismo público estadual recebeu apenas R$ 600,00 de salário, nesta segunda-feira (31). A medida do governador Sartori atingiu indiscriminadamente todas as categorias, independente do montante do contracheque individual. Em razão da decisão do governo, de mais uma vez parcelar os salários, os servidores iniciam hoje nova paralisação geral. “Tanto a ALRS quanto o Tribunal de Justiça já garantiram as condições para aumentar o uso dos depósitos judiciais, que teriam garantido os salários em dia em julho e agosto”, aponta o líder da bancada petista, Luiz Fernando Mainardi. “No entanto, o governador aposta no caos para aprovar o aumento de impostos às custas do sofrimento dos servidores públicos”, critica o parlamentar.

Em coletiva de imprensa realizada na manhã deste dia 31, no Palácio Piratini, o governador informou que os salários serão integralizados só no dia 22 de setembro. Uma segunda parcela, no valor de R$ 800,00 está programada para o dia 11 de setembro. Ao parcelar salários, o governador está descumprindo decisões judiciais em vigor, que proíbem o parcelamento. “Se esta situação acontecesse no governo passado, com certeza não faltariam vozes de comunicadores para pedir o impeachment do governador”, lembra Mainardi. “Mas o que vimos foi o governador fazer um agradecimento público à imprensa por ter ajudado o governo a informar a população sobre a crise das finanças”, comenta.

A decisão de paralisação dos serviços foi tomada já na sexta-feira, quando os contracheques disponibilizados informavam do pagamento de apenas R$ 600,00. Mesmo assim, o governador evitou falar sobre o assunto. Chegou a dizer que a prioridade era a Expointer. Ele passeou pela feira, onde brincou e dançou. “A atitude do governador é um deboche aos servidores públicos e à sociedade”, ressalta Mainardi. “Depois não adianta pedir desculpa e chorar, pois este caos poderia ter sido evitado se o governador tivesse cumprido com a palavra empenhada na campanha de que honraria não só os salários como os reajustes dos servidores”, aponta o petista e conclui: “O governador conduziu o assunto até aqui, sacrificando os servidores públicos, para legitimar a declaração – por parte do governo e de parte dos deputados – de que são contra o aumento de imposto mas não vêem outra solução.”

Por P*TSul: Eliane Silveira (MTE 7193) http://portal.ptrs.org.br/

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