O funcionalismo público estadual recebeu
apenas R$ 600,00 de salário, nesta segunda-feira (31). A medida do governador
Sartori atingiu indiscriminadamente todas as categorias, independente do
montante do contracheque individual. Em razão da decisão do governo, de mais
uma vez parcelar os salários, os servidores iniciam hoje nova paralisação
geral. “Tanto a ALRS quanto o Tribunal de Justiça já garantiram as condições
para aumentar o uso dos depósitos judiciais, que teriam garantido os salários
em dia em julho e agosto”, aponta o líder da bancada petista, Luiz Fernando
Mainardi. “No entanto, o governador aposta no caos para aprovar o aumento de
impostos às custas do sofrimento dos servidores públicos”, critica o
parlamentar.
Em coletiva de imprensa realizada na manhã
deste dia 31, no Palácio Piratini, o governador informou que os salários serão
integralizados só no dia 22 de setembro. Uma segunda parcela, no valor de R$
800,00 está programada para o dia 11 de setembro. Ao parcelar salários, o
governador está descumprindo decisões judiciais em vigor, que proíbem o
parcelamento. “Se esta situação acontecesse no governo passado, com certeza não
faltariam vozes de comunicadores para pedir o impeachment do governador”,
lembra Mainardi. “Mas o que vimos foi o governador fazer um agradecimento
público à imprensa por ter ajudado o governo a informar a população sobre a
crise das finanças”, comenta.
A decisão de paralisação dos serviços foi
tomada já na sexta-feira, quando os contracheques disponibilizados informavam
do pagamento de apenas R$ 600,00. Mesmo assim, o governador evitou falar sobre
o assunto. Chegou a dizer que a prioridade era a Expointer. Ele passeou pela
feira, onde brincou e dançou. “A atitude do governador é um deboche aos
servidores públicos e à sociedade”, ressalta Mainardi. “Depois não adianta
pedir desculpa e chorar, pois este caos poderia ter sido evitado se o
governador tivesse cumprido com a palavra empenhada na campanha de que honraria
não só os salários como os reajustes dos servidores”, aponta o petista e
conclui: “O governador conduziu o assunto até aqui, sacrificando os servidores
públicos, para legitimar a declaração – por parte do governo e de parte dos
deputados – de que são contra o aumento de imposto mas não vêem outra solução.”
Por P*TSul: Eliane Silveira
(MTE 7193) http://portal.ptrs.org.br/
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