terça-feira, 14 de junho de 2011

'A atual mobilização do CEPERS se dá em bases falsas'


Tarso: Mobilização do CEPERS parte de bases falsas e não tem fundamento na realidade

                     Por Marco Weissheimer*

“Os movimentos dos servidores públicos têm que ser respeitados. Mas o fato de serem respeitáveis não nos exime de dizer que são movimentos corporativos que olham para o Estado a partir da parte, ou seja, de seus interesses presumidamente imediatos. E o caso concreto, atualmente, tem um complicador que é o fato de que existe uma mobilização orientada pelo CPERS que se dá em bases falsas”. As afirmações são do governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, que falou para o RS Urgente na manhã desta terça-feira, avaliando o dia estadual de paralisação convocado pelo CPERS/Sindicato e por outras entidades dos servidores públicos contra projetos encaminhados pelo Executivo à Assembleia.

Essas entidades não concordam com as alterações propostas pelo governo na previdência estadual e no sistema de pagamento das RPVs (Requisições de Pequeno Valor), e também são contra a criação de um fundo de capitalização para os novos servidores.

Tarso Genro contestou a afirmação feita pelo CPERS e por outros sindicatos de servidores, segundo a qual a intenção do governo seria privatizar a previdência e atacar direitos.

“É exatamente o contrário. Nós queremos onerar um pouco mais os altos salários para garantir a previdência pública e preservar o direito dos trabalhadores de manter suas aposentadorias integrais. A pauta do CPERS é legítima, mas não tem nenhuma fundamentação na realidade. Ela parte inclusive de uma informação falsa que está sendo passada para determinados setores e de uma visão equivocada sobre as condições de manutenção dessas conquistas originadas do Estado de Bem-Estar”.

“O que nós estamos constituindo”, prosseguiu, “são fundos públicos para manter os direitos dos trabalhadores”. “É a isso que esses setores estão se opondo. Estão tentando mobilizar os professores que constituem uma categoria que sequer será atingida pela proposta que apresentamos de aumentar um pouco contribuição”.

Na avaliação do governador, “o CPERS está fazendo uma luta economicista que é respeitável dentro da democracia, mas que, colocada num parâmetro tradicional da luta de classes, está opondo defesa de privilégios contra direitos. Quais são os privilégios? Os privilégios que têm os altos salários de não dar uma contribuição para fundos públicos e para a manutenção de direitos dos servidores quando se aposentarem.”

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