domingo, 19 de junho de 2011

'O PT santiaguense discutirá alianças sem nenhum tipo de peconceito'


Crítica & Autocrítica - nº 75                      

* O Partido dos Trabalhadores de Santiago, presidido pelo bancário e sindicalista Antônio Bueno (foto), também ex-vereador do partido, iniciou o processo de discussão visando definir a tática eleitoral que norteará sua campanha nas eleições do ano que vem. Dentre as posibilidades, o lançamento de uma candidatura própria é a mais provável. Mas também não estão descartadas alianças, 'sem nenhum tipo de exclusão ou preconceito', segundo seus dirigentes. O que norteará  essa definição será a discussão e elaboração de um projeto político que tire o município da estagnação e coloque Santiago no mesmo patamar de inclusão, democratização e desenvolvimento que outros municípios já atingiram, sintonizados com os governos do RS e do país.

*Dentre os possíveis nomes levantados pelo PT - caso o partido se defina por candidatura própria - destaca-se o do próprio Antônio Bueno (que traz na sua biografia a experiência de dois mandatos como vereador) e o da advogada e pecuarista Iara Castiel, filiada mais recentemente ao partido.
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* Na última sexta-feira fui convidado e participei  de uma concorrida  reunião-almoço no tradicional Restaurante Copacabana, em Porto Alegre, com o ex-ministro Chefe da Casa Civil do governo Lula, companheiro José Dirceu, que veio à capital gaúcha para uma série de atividades, dentre as quais constava uma palestra/debate no Encontro Estadual de Formação Política organizado pelo PT estadual.

* Zé Dirceu foi, mais uma vez,  como sempre tem ocorrido no Rio Grande, calorosamente recebido e atentamente escutado pelos presentes. Em sua palestra, falou da conjuntura política internacional a partir da ótica brasileira, levando em conta sua experiência no governo de Lula. Ressaltou que  o Brasil adotou agora uma postura mais protagonista, tendo papel importante em um grande projeto que engloba as Américas e os países emergentes de modo geral. “O mundo não é mais como na Era Bush”, disse. Segundo ele, o mundo cada vez mais se divide em dois blocos: os países emergentes, de rápido e intenso crescimento econômico (como o próprio Brasil, a China e a Índia) e as “velhas” potências, representadas pela Europa, Japão e EUA.
“São países que querem congelar o poder dos organismos internacionais, querem enfraquecer a ONU, querem congelar as reformas no sistema financeiro internacional”, declarou Dirceu a respeito das nações identificadas com o modelo norte-americano. “Mas é um esforço que não terá futuro. Em 10 anos, as principais forças econômicas do mundo devem ser EUA, índia, China e Brasil. O mundo vai se redesenhar, e nossa política externa tem que ser capaz de representar o país nesse novo panorama, onde seremos um dos protagonistas".

* Comentou ainda o ex-presidente nacional do PT  sobre o que considera ações intervencionistas do bloco econômico que une EUA e Europa, como as recentes medidas militares envolvendo a Líbia. Segundo ele, a proteção do povo líbio é o que menos conta na lógica que motiva os bombardeios. “Estão destruindo a infraestrutura do país, apoiando um dos lados em uma guerra civil ao invés de propor um acordo que leve a novas eleições e traga paz. Espero que essa invasão seja o último suspiro desta fórmula de intervenção".
  Falando sobre o papel do Brasil no contexto internacional, falou que “deixamos de ser um país periférico e submisso. Tornamos-nos um país soberano, quase um modelo no que se refere a novas políticas sociais.  Não estamos nos aproveitando das necessidades de nossos vizinhos, e sim os incentivando a crescer também, dentro de uma lógica que envolve todos. Nossa luta é contra as hegemonias, evitando a agressão, a guerra, os bloqueios e as sanções”.
Respondendo uma questão sobre uma suposta despolitização da juventude, José Dirceu defendeu que se trata justamente do contrário. “As grandes mudanças são sempre capitaneadas pela juventude”, declarou, dizendo que há uma “luta político-ideológica” que busca convencer os jovens, via mídia, de que não há espaço para mudanças. “Querem dar a versão dos vencidos, e não a dos vencedores. Temos que combater a mídia com mídia também, senão a juventude sempre será influenciada por quem tem hegemonia”.
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* A corrente nacional do PT  Construindo um Novo Brasil - CNB (que no RS é integrada pelas tendências Unidade na Luta e Ação Democrática) promovou um importante debate na última sexta, 17/06, na sede do PT da capital. Dentre os debatedores estava o Secretário do Planejamento, Gestão e Participação Cidadã, João Motta, o companheiro Ricardinho, membro da Executiva do PT/RS e o companheiro Celsinho, presidente da CUT gaúcha. O tema do debate foi o Programa de Sustentabilidade Financeira do RS, encaminhado pelo governo gaúcho à Assembléia Legislativa. Necessário, oportuno, responsável e corajoso programa que começará a resolver a crise que se arrasta há décadas no Estado, sobretudo na Previdência,   que deverá ser apoiado pela sociedade e pela maioria dos deputados gaúchos que não querem fazer demagogia com assunto tão grave - ou dar espaços ao corporativismo atrasado promovido por certas lideranças de alguns setores sindicais que, lamentavelmente,  só 'olham para seu umbigo'.
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 * No último sábado, 11/06, o Presidente de Honra do PT gaúcho, ex-prefeito de Porto Alegre, ex-governador do RS  e ex-ministro Olívio Dutra, também fundador do PT e da CUT, festejou seus 70 anos completados no dia 10 de junho. A festa ocorreu no Clube Farrapos, em Porto Alegre, com jantar e baile. Centenas de  companheiros,  amigos  e admiradores foram levar sua homenagem ao  'Galo Missioneiro', dentre os quais  estavam  o deputado Raul Pont, o Vice Governador Beto Grill  (representando também o governador Tarso Genro, que encontrava-se viajando), o presidente do PT de Porto Alegre, vereador Adeli Sell, o senador Paulo Paim e muitos deputados, sindicalistas  e vereadores de vários partidos. (Por Júlio Garcia, especial para O Boqueirão e jornal Correio Regional)

*Foto: Nova Pauta

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