segunda-feira, 30 de abril de 2012

As consequências de uma decisão equivocada...


O racha na 'oposição ao governo do PP':  equívoco, amadorismo ou traição?

Os lamentáveis acontecimentos que se verificaram e que culminaram na desastrada reunião de quinta-feira passada em Santiago, quando  foi 'ungido' como pré-candidato  do  semi-extinto 'frentão'  (que estava sendo gestado pelos partidos de oposição ao governo do PP) o nome do vereador Everaldo Gavioli, do PDT (com apoio do PMDB, PSDB e PTB), levantam a indagação se o que ocorreu mesmo foi excesso de amadorismo,  enorme equívoco político, golpe premeditado... ou foi  'traição', como denunciou, indignado, o vereador Bianchini. Ou todas  as  coisas juntas. 

Dentre a série de trapalhadas realizadas  (para satisfação dos governistas locais) está o fato de que   a escolha entre os nomes dos vereadores Bianchini e Gavioli (que acabou ocorrendo) sequer constava na pauta pré-estabelecida da fatídica reunião de cúpula dos partidos. 

Uma trapalhada gera outra, e assim, sucessivamente.  Como a disputa que se estabeleceu (ensejada pelo PMDB) entre Gavioli e Bianchini não estava na pauta e o PT já  tinha anteriormente, em reunião do seu Diretório Municipal (instância maior do partido no município), aprovado o lançamento do ex-vereador Antônio Bueno como seu pré-candidato ao Executivo, o representante do PT (Luiz Rodrigues) acabou abstendo-se de votar. 

Aliás,  pelo que sabemos, as executivas dos partidos oposicionistas também não tinham definido previamente suas posições em relação à uma possível  votação - que acabou ocorrendo de afogadilho - entre Gavioli e Bianchini.  O resultado da  inoportuna votação, conforme foi divulgado,  foi de 4 a 3  para Gavioli, com  uma abstenção (do representante do PT que, como colocamos acima, absteve-se  por entender não estar mandatado para votar um tema que não tinha sido discutido pelo partido e que sequer constava da pauta da reunião). 

Daí que, sem um acúmulo de discussão nas bases partidárias e sem constar - repetimos -  da pauta  da desastrada reunião,  a Ata da reunião anterior -  surpreendentemente  - foi rasgada e encaminhou-se a votação entre os nomes dos dois vereadores... e o resultado foi esse que sabemos.  

Tal decisão equivocada (registre-se: nada contra o nome do vereador Gavioli, mas sim ao fato de  colocar-se artificialmente em votação, nesse momento,  um ponto  que, além de polêmico, estava fora de pauta) só poderia gerar, na 'oposição',  a crise que explodiu em seu colo e que aí está escancarada. 

Está mais do que claro que essa decisão de cúpula  carece de legitimidade e precisa ser urgentemente revisada. Caso contrário,  a oposição  poderá, ao fim e ao cabo, ir fracionada para o pleito de outubro, 'sonho de consumo' do prefeito Ruivo e de seu partido, o PP, que  tudo fará para tentar perpetuar-se à testa do Executivo Municipal.  

Revisar já essa decisão, zerar - ou, usando a 'linguagem' da blogosfera, 'deletar' -   os equívocos da última quinta-feira  e retomar as conversações, de forma desarmada e responsável. Essa é a saída, agora. Porque, se assim não for,  senhores(as) da 'oposição',  depois não adiantará chorar 'o leite derramado'. (por Júlio Garcia, especial para O Boqueirão)

(12,34 h)  - Atualizada às 21,38 h

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