A vitória de Pirro dos ruralistas na aprovação do Código Florestal
É
de Pirro a tão badalada e comemorada vitória dos ruralistas na
aprovação do novo Código Florestal na última votação da matéria ontem na
Câmara dos Deputados. A presidenta Dilma Rousseff já deixou claro -
alertou de forma precisa e antecipadamente - que vetará as mudanças que o
relator peemedebista, deputado Paulo Piau (PMDB-MG) introduziu em seu
substitutivo ao texto anteriormente aprovado na Câmara e depois no
Senado - nesta Casa, mediante acordo.
A chefe do governo terá de vetá-lo porque os dispositivos adicionados representam um grave retrocesso em relação ao projeto aprovado por acordo da maioria dos partidos no Senado, e até ao que passou na primeira votação da Câmara. Aliás, a forma como tramitou este código em cada etapa revela bem a diferença de posição política e votação hoje entre o Senado Federal e a Câmara dos Deputados.
Enquanto o partido do relator, deputado deputado Piau votou em massa no susbstitutivo elaborado por ele, o PT sustentou massivamente a posição da presidenta da República em torno do texto aprovado pelo Senado. Nosso partido deu uma demonstração de coesão e unidade com aquilo que era a expectativa da sociedade: um projeto, um novo código sem anistia e com recomposição das matas ciliares e áreas desmatadas.
Sociedade não esperava um Código como o aprovado
Muito menos a sociedade esperava um projeto como o aprovado, com dupla anistia, isentando os devastadores do pagamento das multas e da reposição das matas ciliares e desmatadas.
Mas, na verdade e ao contrário do que passa a mídia à opinião pública, a votação na Câmara, ontem, não expressa uma divisão entre governo e oposição já que a questão ambiental e particularmente o Código Florestal divide de alto a baixo a maioria dos partidos uma vez que reflete interesses dos ruralistas e do agronegócio.
Assim, ruralistas e senhores do agronegócio obtiveram uma vitória de Pirro, como se diz de vitórias a tão alto preço e luta, mas que são, no fundo acarretadoras de prejuízos irreparáveis, como foi a do inspirador da expressão, o rei Pirro, do Épiro, sobre os romanos na Batalha de Heracleia. (por José Dirceu)
A chefe do governo terá de vetá-lo porque os dispositivos adicionados representam um grave retrocesso em relação ao projeto aprovado por acordo da maioria dos partidos no Senado, e até ao que passou na primeira votação da Câmara. Aliás, a forma como tramitou este código em cada etapa revela bem a diferença de posição política e votação hoje entre o Senado Federal e a Câmara dos Deputados.
Enquanto o partido do relator, deputado deputado Piau votou em massa no susbstitutivo elaborado por ele, o PT sustentou massivamente a posição da presidenta da República em torno do texto aprovado pelo Senado. Nosso partido deu uma demonstração de coesão e unidade com aquilo que era a expectativa da sociedade: um projeto, um novo código sem anistia e com recomposição das matas ciliares e áreas desmatadas.
Sociedade não esperava um Código como o aprovado
Muito menos a sociedade esperava um projeto como o aprovado, com dupla anistia, isentando os devastadores do pagamento das multas e da reposição das matas ciliares e desmatadas.
Mas, na verdade e ao contrário do que passa a mídia à opinião pública, a votação na Câmara, ontem, não expressa uma divisão entre governo e oposição já que a questão ambiental e particularmente o Código Florestal divide de alto a baixo a maioria dos partidos uma vez que reflete interesses dos ruralistas e do agronegócio.
Assim, ruralistas e senhores do agronegócio obtiveram uma vitória de Pirro, como se diz de vitórias a tão alto preço e luta, mas que são, no fundo acarretadoras de prejuízos irreparáveis, como foi a do inspirador da expressão, o rei Pirro, do Épiro, sobre os romanos na Batalha de Heracleia. (por José Dirceu)
*Via www.zedirceu.com.br - Edição deste blog.
(12,31 h)
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