Por Emir Sader*
O movimento de governos progressistas na América Latina veio
para superar e virar a página do neoliberalismo. Tiveram uma primeira fase em
que foram se sucedendo, conforme foram fracasando os governos neoliberais.
Esses governos atacaram os pontos mais frágeis do
neoliberalismo: a desigualdade social, a centralidade do mercado, os acordos de
livre comércio com os EUA. A direita de cada país e Washington se isolaram e
perderam capacidade de iniciativa
O que podiam dizer sobre políticas sociais que diminuem a
desigualdade, a pobreza e a exclusão social, produzidos por seus governos ao
longo de tanto tempo? O que poderiam
argumentar contra a ação do Estado para resistir à recessão produzida no centro
do capitalismo? Como garantir direitos sociais e desenvolvimento econômico,
senão impulsionados a partir do Estado, ainda mais em época de recessão? Que
argumentos poderiam ter contra a intensificação do comércio com a China, do
comércio regional – os únicos setores dinâmicos em uma economia mundial recessiva?
O que podem argumentar contra a extensão do mercado interno de consumo popular,
que amplia o acesso das pessoas a bens fundamentais de consumo, ao mesmo tempo
que abre espaço de realização para à produção nacional?
As direitas latinoamericas, onde se instalaram governos
progressistas, ficaram reduzidas à inação, à oposição sem alternativas. Basta
dizer que nos países em que se aproveitaram de governos ainda fracos, para
recuperar o poder – como Honduras e Paraguai -, elas o fizeram por meio de golpes
brancos, ferindo a constitucionalidade construída por elas mesmas. (...)
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