quinta-feira, 6 de março de 2014

Eles e nós: para a hegemonia pós-neoliberal



Por Emir Sader*

O movimento de governos progressistas na América Latina veio para superar e virar a página do neoliberalismo. Tiveram uma primeira fase em que foram se sucedendo, conforme foram fracasando os governos neoliberais.       

Esses governos atacaram os pontos mais frágeis do neoliberalismo: a desigualdade social, a centralidade do mercado, os acordos de livre comércio com os EUA. A direita de cada país e Washington se isolaram e perderam capacidade de iniciativa

O que podiam dizer sobre políticas sociais que diminuem a desigualdade, a pobreza e a exclusão social, produzidos por seus governos ao longo de tanto tempo?  O que poderiam argumentar contra a ação do Estado para resistir à recessão produzida no centro do capitalismo? Como garantir direitos sociais e desenvolvimento econômico, senão impulsionados a partir do Estado, ainda mais em época de recessão? Que argumentos poderiam ter contra a intensificação do comércio com a China, do comércio regional – os únicos setores dinâmicos em uma economia mundial recessiva? O que podem argumentar contra a extensão do mercado interno de consumo popular, que amplia o acesso das pessoas a bens fundamentais de consumo, ao mesmo tempo que abre espaço de realização para à produção nacional?

As direitas latinoamericas, onde se instalaram governos progressistas, ficaram reduzidas à inação, à oposição sem alternativas. Basta dizer que nos países em que se aproveitaram de governos ainda fracos, para recuperar o poder – como Honduras e Paraguai -, elas o fizeram por meio de golpes brancos, ferindo a constitucionalidade construída por elas mesmas. (...)

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