segunda-feira, 4 de abril de 2016

Guia da repactuação: resgatar o espírito de 2002 em 2016



Muitos dos que até há bem pouco tempo viviam um exílio de desinteresse político, hoje consultam a agenda das manifestações contra o golpe para incluí-las entre as prioridades da sua semana. 

Inclua-se aí a megaconcentração prevista para o próximo sábado, dia 9, possivelmente com Lula já ministro chefe da Casa Civil de Dilma.

Estamos falando da ressurgência pública de democratas e progressistas; de cidadãos e cidadãs dotados de discernimento político, mas desvinculados de estruturas militantes; estamos falando de um pedaço da classe média que desmentiu a unanimidade vendida pelo Jornal Nacional e assemelhados. E o fez em espécie, na rua, oferecendo-se ao Datafolha para afrontar o monólogo conservador.

Isso não é pouco.

Na verdade, significa muito, ao revelar uma singular determinação de resistência no interior da sociedade  –sobretudo daquele segmento que parecia definitivamente prostrado e perdido para a vida política.

Ainda que crítica ao governo e ao PT, ao se reconciliar com a rua – onde já estavam os movimentos sociais e os sindicatos de trabalhadores-- a classe média democrática consolidou uma espécie de piso na luta política: a defesa da legalidade.

Qualquer degrau abaixo desse ela considera inaceitável, descabido e não pretende admitir.

‘Não vai ter golpe’ é o bordão que define essa linha vermelha da consciência democrática, viral a ponto de ter roubado o espaço do ‘fora Dilma’, nas últimas semanas.

Mais que isso.

A ponto de devolver à equação política brasileira  um elo de esperança em algo ainda maior.

Qual?

Uma frente ampla e ecumênica, que tenha a legalidade como norte, a pactuação do desenvolvimento como ferramenta e a democracia social como meta para superar essa que é uma das mais desafiadoras encruzilhadas do desenvolvimento do país. (...)

CLIQUE AQUI para continuar lendo o post do Saul Leblon (via Carta Maior)

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