Tão logo se tornou público o resultado das eleições presidenciais,
consagrando Dilma Rousseff a primeira mulher reeleita presidenta deste País, já
se ouvia por aí comentários maldosos sugerindo - pasmem – o impeachment dela.
Isto é um chamado claro para o golpe, como os golpes tentados pela mídia e
alguns segmentos radicais do tucanato, que perde quatro eleições consecutivas
para o Partido dos Trabalhadores.
Na democracia é assim, pode-se ganhar uma eleição com diferença de apenas um
voto. Dilma ganhou com quase 4 milhões, apesar de tudo o que foi feito contra
ela e contra o PT. Não tem terceiro turno.
A presidenta, corretamente, em seu discurso da vitória chamou pela união dos
brasileiros e disse que aprendeu na campanha que o povo quer mais mudanças.
Foram assim as vozes das jornadas de junho de 2013, vozes dispersas que só se
encontraram em alguns momentos de turbulência, não ficando claro porque no meio
delas surgiram os oportunistas à direita e à esquerda.
O lacerdismo, ao estilo dos caciques da velha UDN, o repeteco dos métodos da
velha revista ‘O Cruzeiro’ foram mais do que presentes, preocupantes. Para a
população a presidenta garantiu mais e mais educação. E irá ampliar o Pronatec
e todos os meios de educação da pré-escola ao Ciência sem Fonteiras. Como
ouvimos nas ruas, agora, o filho do pedreiro pode virar doutor.
Mas sem as reformas, o País não avançará. Acerta a presidenta quando fala em priorizar
a Reforma Política, pois o atual modelo está falido, induz à corrupção e a
todas as conhecidas mazelas, como caixa 2, etc. Mas não pode deixar de pensar
no controle externo do Judiciário, bem como na democratização da mídia,
acabando com seu poder monopolista e antidemocrático.
Temos que apostar na democracia, na participação da população das decisões,
como no combate sem tréguas à corrupção. E aqui, como lá, vamos respeitar os
resultados das urnas, fazendo uma transição sem tumultos e de forma
transparente, apostando numa oposição responsável, para podermos trilhar bons
caminhos nas eleições municipais de 2016.
*Por Adeli Sell - Subsecretário do Parque Assis Brasil e Membro do Diretório Estadual do PT/RS
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