O Advogado santiaguense Júlio Garcia, que concorreu a
deputado estadual pelo PT/RS nestas eleições, mas não conseguindo eleger-se,
assim se manifestou após os resultados do 1º turno deste pleito:
“Fizemos uma campanha propositiva, bonita, politizada, mas
extremamente modesta e enxuta em termos de infra-estrutura. Não logramos êxito
em número de votos, mas deixamos plantada uma semente que precisa germinar: a
da reflexão do povo sobre a necessidade de uma Constituinte que faça a Reforma
Política, pois as eleições neste sistema viciado, dominadas não raro pelo
capital e pelo clientelismo, carecerão sempre de dois ingredientes fundamentais:
a legitimidade e a 'paridade de armas', uma vez que o 'equilíbrio democrático'
não ocorreu nesta campanha (principalmente sob o aspecto do financiamento das
campanhas, dominado pelo financiamento empresarial). Isso deixa a disputa extremamente desigual e só
favorece quem é apoiado pelas elites dominantes ou quem já tem mandato, com
raras exceções.”
Avaliou preliminarmente o candidato petista que a votação
menor do que era esperado em Santiago, Canoas
e região deveu-se principalmente ao fato de “termos entrado ‘tarde’ na campanha
(decidimos por nossa candidatura somente no final de maio, após acatarmos forte argumentação política e apelo de um
grupo de companheiros e amigos). Avaliamos também que existiram, além
disso, principalmente dois fatores: um
‘interno’ e outro ‘externo’. Em relação aos 'fatores internos’ (ao PT), avalio
preliminarmente que ficamos fragilizados eleitoralmente em Santiago também
devido ao fato do excessivo número de candidatos que aqui veio buscar
(legitimamente) votos, assim como pela
ausência de apoio que tivemos da absolta maioria da direção local do nosso
partido, que optou (também legitimamente) por outras candidaturas. Dentre os
'fatores externos', além de nossa débil infra-estrutura, destaco o 'fenômeno'
representado pela candidatura vitoriosa do amigo vereador Miguel Bianchini, do
PPL (a quem cumprimento e desejo que faça um grande mandato na AL) que acabou
'açambarcando' muitos votos que poderiam ter vindo para nós, mas que foram
canalizados por sua inteligente campanha de ‘que tinha reais chances de
eleger-se mesmo com uma (relativamente) pequena votação no RS’ (o que acabou se
confirmando), o que levou o(a)
eleitor(a) santiaguense, sensível ao seu pedido de apoio, a brindá-lo
com uma histórica - e merecida - votação,
tendo sido o 'voto local'
decisivo para elegê-lo deputado estadual.”
Júlio Garcia agradeceu por fim “a todos os eleitores que nos
apoiaram e que nos honraram com seu voto - de forma voluntária, corajosa e
decidida -, fica registrado o meu agradecimento. Independente do resultado
numérico das urnas, que ficou, claro, muito aquém do que esperávamos, e que
deverá ser analisado de forma madura, racional (e politizada) no momento
devido, não nos sentimos derrotados, ganhar ou perder faz parte do jogo. A luta
segue! Não vamos retroceder. Vamos agora retomar a campanha para garantir a
vitória neste segundo turno dos companheiros Tarso e Dilma! Não podemos dar
margem ao retrocesso no Estado e no País, pois é pra frente que se anda!”,
finalizou Júlio Garcia.
-Por: Assessoria de Imprensa da candidatura JG Dep. Estadual
Foto: Júlio Garcia discursando no comício do dia 02/10 em
Canoas/RS (ao lado, o governador Tarso Genro). Créditos da foto: Luiz Antônio
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