Porto Alegre/RS - Sul21 - Tarso Genro (PT), atual governador derrotado nas urnas neste
domingo (26), pediu respeito ao resultado das urnas e afirmou estar feliz pela
reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT). Aplaudido quando chegou para
coletiva de imprensa, por volta das 20h30, Tarso disse que continuará
governando até o fim de 2014 da mesma forma como tem feito até agora.
“Temos que respeitar e dar importância para a soberania
popular. Foi um processo de muitos debates, a população acompanhou e fez sua
opção. Cabe a nós respeitar”, disse o atual governador. Ele agradeceu aos
companheiros de partido e dos partidos da Unidade Popular pelo Rio Grande,
assim como aos militantes. “Quero sobretudo agradecer aos militantes do meu
partido e da Unidade. Foram bravos, aguerridos, há muito tempo não víamos tanta
gente mobilizada de maneira espontânea, carregando bandeiras, uma coisa
emocionante”, colocou.
Ele ponderou que o PT, agora, é oposição ao governo eleito e
cumprirá esse papel na Assembleia Legislativa. “Agora a tarefa que decorre
dessa eleição é ser oposição. Nós somos oposição e nós trataremos esse governo
com respeito, lá na Assembleia Legislativa. Entendemos que os projetos que
forem positivos vamos apoiar se estiverem de acordo com nossa visão”, garantiu.
Tarso assegurou que a transição para o novo governo será
“tranquila” e ponderou que a candidatura de Sartori foi “competente e aconteceu
em determinada conjuntura”. Ele parabenizou o governador eleito por ter feito
uma “campanha muito integrada numa visão de atitude eleitoral” e assegurou que
a transição será de “altíssimo nível”.
Voltando a falar da imprensa, que foi objeto de um vídeo
feito por ele durante a campanha, Tarso destacou que “estava em andamento um
golpismo político midiático que poderia atrapalhar as eleições nacionais”.
“Tentaram impedir a eleição de Dilma. Uma conspiração política estava em curso,
anti-democrática, que tinha por trás grandes empresários do capital financeiro
e que tinha nessa revista — que costumeiramente não age com boa fé com nossos
governos — na ponta de lança contra Lula e Dilma”, afirmou, mas elogiou a forma
como as coberturas foram feitas no Rio Grande do Sul, pedindo palmas para os
jornalistas presentes.
Questionado pelos jornalistas a respeito de um possível
sentimento anti-petista que poderia ter gerado sua derrota, Tarso ponderou que
“existe uma grande movimentação política nacional de caráter anti-petista muito
forte, isso se expressou muito bem na campanha de Aécio. Aqui no estado pode
ter tido influência, mas na minha opinião isso não seria impedimento para a
minha vitória”, lembrando que foi eleito em primeiro turno em 2010.
Ele
não soube afirmar os motivos que levaram à rápida ascensão de José Ivo Sartori
(PMDB), que foi eleito, e afirmou não ter imaginado que “a candidatura da senadora
Ana Amélia Lemos (PP) fosse tão vulnerável”. Mas ponderou que a candidatura
dela era mais “clara do ponto de vista ideológica, devido à tradição mais
conservadora do PP”. Por fim, afirmou ter ficado sim “um pouco triste” de não
ser reeleito. “Eu achava que fizemos muito e que num segundo governo poderia
fazer muito mais”.
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