Por Marco
Weissheimer, no Sul21*
Centenas
de pessoas participaram, no final da tarde desta sexta-feira (4), de um ato no
centro de Porto Alegre em apoio ao ex-presidente Lula e em defesa da
democracia. Convocado por PT, PCdoB, Central Única dos Trabalhadores (CUT),
União Nacional de Estudantes (UNE) e um conjunto de movimentos sociais, a
manifestação lotou a Esquina Democrática. Os organizadores do ato anunciaram a
criação de um Comitê Popular de Resistência em defesa da democracia que se
integrará à mobilização em nível nacional em defesa do mandato da presidenta
Dilma Rousseff e do ex-presidente Lula. Novas mobilizações já foram convocadas
para os dias 8 de março, Dia Internacional da Mulher, e 13 de março. O
presidente da CUT-RS, Claudir Nespolo, fez um chamado para que o ato do dia 13
reúna cerca de 50 mil pessoas no Parque da Redenção.
O
ex-governador do Rio Grande do Sul, Olívio Dutra, participou do ato e
manifestou total solidariedade a Lula e à família do ex-presidente. “Não vai
ter golpe, vai ter luta pela democracia e pela soberania do povo brasileiro.
Não queremos que nada seja escondido sobre corrupção, mas que tudo seja feito
segundo as leis e a Constituição”, afirmou. Olívio também fez um chamado à
militância para que faça do diálogo com a sociedade um trabalho cotidiano a
partir de agora. “Não pudemos ir mais longe porque representantes de grandes
corporações se infiltraram em nossos governos e alguns ainda estão lá, nos
puxando pra baixo. O que queremos é um Estado sob controle público e não
privado. Mas essa luta não é de um homem só, nem de um partido só, mas sim de
todo o povo brasileiro”.
Representantes
de movimentos sociais, entidades sindicais e de organizações de juventude do PT
e do PCdoB anunciaram uma mobilização permanente nas próximas semanas, enquanto
durarem as tentativas de derrubada da presidenta Dilma Rousseff e de atingir a
imagem do ex-presidente Lula. “Acabou a brincadeira”, disse Claudir Nespolo. No
mesmo momento em que ocorria a manifestação em Porto Alegre, outros atos eram
realizados em outras cidades do país, mobilizando milhares de militantes.
O
comentário geral na Esquina Democrática era de que a ofensiva coordenada pelo
juiz Sérgio Moro contra Lula acabou sendo um tiro no pé, provocando
mobilizações em apoio ao ex-presidente e ao governo da presidenta Dilma
Rousseff em todo o país. O ato na Esquina Democrática transcorreu sem
incidentes. Após as falas, os manifestantes seguiram em caminhada pela avenida
Borges de Medeiros até o Largo Zumbi dos Palmares.
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