A história da estudante Sônia Maria de Moraes Angel Jones
Sônia Maria Lopes de Moraes Angel Jones nasceu em 9 de novembro de 1946, em Santiago do Boqueirão, Estado do Rio Grande do Sul, filha de João Luiz Moraes e Cléa Lopes de Moraes.
Foi morta aos 27 anos em 1973, em São Paulo. Estudou no colégio de Aplicação da antiga Faculdade Nacional de Filosofia e, posteriormente, na Faculdade de Economia e Administração da UFRJ, mas não chegou a se formar, sendo desligada pelo Decreto nº477, de 24 de setembro de 1969.
No Rio, trabalhava como professora de Português no Curso Goiás.
Casou-se, em 18 de agosto de 1968, com Stuart Edgar Angel Jones, militante do Movimento Revolucionário 8 de Outubro (MR-8).
Em 1° de Maio de 1969, foi presa por ocasião das manifestações de rua na Praça Tiradentes/RJ com mais três estudantes, levada para o DOPS e, posteriormente, para o Presídio Feminino São Judas Tadeu. Somente foi libertada em 6 de agosto de 1969, quando foi julgada e absolvida por unanimidade pelo Superior Tribunal Militar. Passou a viver na clandestinidade.
Em maio de 1970 exilou-se na França, onde se matriculou na Universidade de Vincennes e, para se sustentar, trabalhou na Escola de Línguas Berlitz, em Paris, onde lecionava Português.
Com a prisão e desaparecimento de Stuart pelos órgãos brasileiros de repressão política, Sônia decidiu voltar ao Brasil para retomar a luta de resistência. Ingressou na ALN e viajou para o Chile, onde trabalhava como fotógrafa. Posteriormente, em maio de 1973, retornou clandestinamente ao Brasil, indo morar em São Paulo. Em 15 de novembro de 1973 alugou um apartamento em São Vicente, junto com Antônio Carlos Bicalho Lana, com quem se unira. Seu apartamento passou a ser vigiado, sendo presa, juntamente com Antônio Carlos, no mesmo mês, por agentes do DOI-CODI/SP, tendo o II Exército divulgado a notícia de que morrera, após combate, a caminho do hospital (O globo 1º de dezembro de 1973).
Foi assassinada sob torturas no dia 30 de novembro de 1973, juntamente com Antônio Carlos Bicalho Lana.
-Leia a história (de vida e morte) da lúcida, consciente e corajosa santiaguense Sônia Maria Lopes de Moraes Angel Jones clicando Aqui
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Nota do Editor*: Tenho certeza de que a maioria dos nossos conterrâneos não tem conhecimento de quem foi a Sônia, essa jovem gaúcha trucidada em São Paulo aos 27 anos pelos torturadores a soldo da odiosa ditadura militar. Esta postagem pretende auxiliar a recompor a verdade histórica e preencher essa lacuna existente na memória do nosso povo.
Santiago e o RS estão devendo (e por isso deveriam redimir-se, ainda que tardiamente) uma justa homenagem à esta sua filha, morta precocemente, e de forma tão infame e covarde. Jovem esta que demonstrou coragem, consciência política, determinação e amor ao seu povo - quando muitos vacilaram, se acovardaram ou mesmo traíram a Nação. Júlio Garcia
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Nota do Editor*: Tenho certeza de que a maioria dos nossos conterrâneos não tem conhecimento de quem foi a Sônia, essa jovem gaúcha trucidada em São Paulo aos 27 anos pelos torturadores a soldo da odiosa ditadura militar. Esta postagem pretende auxiliar a recompor a verdade histórica e preencher essa lacuna existente na memória do nosso povo.
Santiago e o RS estão devendo (e por isso deveriam redimir-se, ainda que tardiamente) uma justa homenagem à esta sua filha, morta precocemente, e de forma tão infame e covarde. Jovem esta que demonstrou coragem, consciência política, determinação e amor ao seu povo - quando muitos vacilaram, se acovardaram ou mesmo traíram a Nação. Júlio Garcia