quarta-feira, 8 de março de 2017

Milhares de mulheres marcham contra as reformas de Temer ao raiar do 8 de março (em Porto Alegre/RS)


Concentração para a marcha iniciou por volta das 5h, na ponte do Guaíba. (Foto: Luís Eduardo Gomes/Sul21)

Luís Eduardo Gomes, no Sul21*
Milhares de mulheres, estudantes e trabalhadoras, na ativa e aposentadas, do campo e da cidade, marcharam, desde o início da manhã desta quarta-feira (8), o Dia Internacional da Mulher, em Porto Alegre. Em pauta, a luta contra a reforma da Previdência e o conjunto de reformas encaminhadas pelo governo federal que cortam e reduzem direitos.
A concentração para a marcha da Capital gaúcha, que ocorreu também em diversas partes do País, começou por volta das 5h, às margens da BR-290, nas proximidades da Ponte do Guaíba, reunindo pelo menos uma dezena de movimentos sociais e centrais sindicais.
Por volta das 6h, quando o sol raiava às margens do Guaíba, a marcha partiu em direção ao Centro de Porto Alegre. À frente, uma faixa salientando que as mulheres estavam nas ruas em defesa dos direitos das trabalhadoras e trabalhadores do campo e da cidade, seguida por uma uma bateria composta por integrantes do bloco político de Carnaval Não Mexe Comigo Que Eu Não Ando Só, de mulheres do MST e da Via Campesina com tochas em mãos e outras milhares de pessoas.


Marcha das Mulheres do Campo e da Cidade, em Porto Alegre
Pouco antes das 7h, quando a marcha pegou a Av. Farrapos, a marcha ganhou um apoio de um carro de som, de onde lideranças de movimentos sociais passaram a falar palavras de ordem saudando o 8 de março, chamando a atenção para a necessidade da luta contra as reformas do governo federal e com “Fora Temer” como lema.
Para nós, é importante mostrar que as reformas que estão sendo colocadas em votação em Brasília atingem toda a classe trabalhadora, por isso decidimos que hoje é um dia de luta por nenhum direito a menos”, diz Salete Carollo, dirigente do MST, um dos movimentos que estava representado em maior número na marcha. Segundo ela, a marcha teve quatro bandeiras: contra a reforma da Previdência, contra o ajuste fiscal, contra as diversas formas de violência que atingem trabalhadoras e trabalhadores e, por último, “para mostrar que não aceitamos esse governo golpista do Temer”.

“O ajuste fiscal do governo Temer vem pra desmontar o SUS, que é a maior política inclusiva do povo, e desestrutura a educação, que é estratégica para o desenvolvimento”, diz Debora Melecchi, coordenadora da CTB-RS. Vice-presidente do Cpers, Solange Carvalho afirmou que para os professores estaduais, uma categoria formada majoritariamente por mulheres, participar da marcha deste 8 de março foi essencial. “Essa reforma atinge principalmente as mulheres, por isso nós estamos aqui protestando e mostrando a unidade na luta contra a retirada de direitos”, afirma. (...)
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