O presidente da
Ordem dos Advogados do Brasil no Rio de Janeiro (OAB-RJ), Felipe Santa Cruz,
afirmou que os protestos acontecidos na madrugada desta quinta-feira (18)
contra o governador Sérgio Cabral (PMDB) “desbordou para uma manifestação com
traços de fascismo”.
Ele disse que o ato
foi acompanhado por 50 advogados voluntários da OAB que o mantiveram informado
até as 5h sobre o que acontecia. Santa Cruz recebeu relatos sobre excessos da
polícia e também sobre falta de policiamento em algumas áreas. “Acredito que a
única discussão que poderíamos fazer esta manhã é como reagir a uma
manifestação que é legítima, mas que claramente desbordou, em alguns momentos,
e ontem especificamente, para uma manifestação com traços, me perdoem a força
da palavra, de fascismo. O que estamos vendo na internet, lendo nas últimas 24
horas, tem um caráter autoritário, fascista e que desconsidera o processo
democrático brasileiro”, afirmou.
Depois de se reunir
com o governador Cabral e com a cúpula da Justiça e da Segurança do Estado, ele
afirmou que “o país não autoriza que se chame pela internet a queima de um
palácio, que se cerque um policial e ataque com pedras. Não estamos aqui para defender
o governo A ou B”. O presidente da OAB-RJ disse que considera legítimas as
manifestações, mas condena a violência.
Santa Cruz também
criticou a declaração do comandante da Polícia Militar, coronel Erir Ribeiro da
Costa Filho, de que, depois da depredação desta madrugada, o acordo feito com a
OAB, a Anistia Internacional e outras instituições para reduzir o uso de armas
não letais e gás lacrimogêneo na contenção das multidões terá de ser
reavaliado.
*Do Sul21, com
informações da Agência Estado. Edição e grifos deste blog
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