quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Poema


Estive doente
doente dos olhos, 
doente da boca,
dos nervos até.

Dos olhos que viram mulheres formosas
da boca que disse poemas em brasa
dos nervos manchados de fumo e café.

Estive doente
estou em repouso, 
não posso escrever.

Eu quero um punhado de estrelas maduras
eu quero a doçura do verbo viver.

(De um louco anônimo - transcrito por Caco Barcelos na reportagem Crime e Loucura, Folha da Manhã/SP.)

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