Senador Paim e Júlio Garcia |
O Advogado Júlio Garcia ressalta a
importância do plebiscito que será realizado em setembro
-Seguindo a série de entrevistas com possíveis candidatos para as próximas eleições, apresentamos nesta página o advogado Júlio Garcia (PT), que, segundo é considerado pelo seu partido, pode se candidatar ao cargo de deputado estadual. (Jornal O.T.)
O início
Sobre sua trajetória, que o
trouxe até o momento atual, Júlio Garcia contou: “Sou advogado, pós-graduado em
Direito do Estado pelo UniRitter; sou também blogueiro e ativista digital.
Nasci em Santiago e resido em Canoas há 14 anos. Meu ingresso na política se
deu quando eu era ainda bastante jovem, primeiramente na luta contra a ditadura
militar, participando da campanha pela Anistia Ampla, Geral e Irrestrita e pelo
retorno das liberdades democráticas no Brasil, isso na segunda metade dos anos
70, ainda em Santiago. Meu envolvimento com a política intensificou-se depois,
quando vim para Porto Alegre para trabalhar e estudar. Comecei o Curso de
Direito na Faculdade Ritter dos Reis em 1979, quando ela ainda funcionava no
Colégio La Salle, centro de Canoas. Participei ativamente do Movimento
Estudantil e Sindical e depois, já estudando na PUC, em Porto Alegre, fui um
dos Diretores do Centro Acadêmico Maurício Cardoso (CAMC)”.
O advogado ressaltou, também,
seu envolvimento na gênese do PT no Estado: “Fui um dos fundadores do PT em
Santiago, vice-presidente e Secretário Geral do partido. Por vários anos, integrei o Diretório Estadual. Integrei
também a primeira Comissão Executiva da 1ª Zonal do PT de Porto Alegre em 1980,
nos verdes anos do partido. Tenho também muito orgulho de ter participado do
histórico Congresso, realizado em São Paulo, em agosto de 1983, que fundou a
Central Única dos Trabalhadores (CUT). Em 1990, fui candidato a deputado
federal, lançado com o apoio da Regional Fronteira Oeste do PT”.
“Mais recentemente, fui
Secretário Geral do PT de Canoas, período 2005 a 2007, onde tenho domicílio
eleitoral e integrei, com muita honra, os quatro anos do governo Olívio,
trabalhando na Casa Civil e, após, na Secretaria Especial do Interior.
Contribuí por cinco anos com governo Lula, na CGTEE/Eletrobrás, onde chefiei a
Divisão de Formação e Qualificação Profissional. Em 2010, coordenei o comitê de
advogados que prestou assessoria à reeleição do senador Paulo Paim. No governo
Tarso, participei dos seus primeiros dois anos, na Casa Civil, na Subchefia
Administrativa”, afirmou.
Apoios
Sobre os motivos que o
levaram a considerar uma candidatura, Júlio explicou de onde partiu a ideia:
“Surgiu através da iniciativa de companheiros de vários regiões do Estado, como
Santiago, Porto Alegre e Canoas, de petistas 'independentes', sem vínculo com
nenhuma corrente interna do partido, como é o meu caso, assim como dos
companheiros da corrente 'O Trabalho' do PT e de companheiros que integram a
articulação Diálogo e Ação Petista, da qual sou um dos dirigentes a nível
nacional. Essa articução organizou no dia 10 de maio, em São Paulo, o grande
ato político, no qual estive presente, em apoio ao Plebiscito pela Constituinte
Exclusiva para fazer a Reforma Política”.
Principais bandeiras
A respeito das bandeiras que
defende, Júlio relata: “Dentre as bandeiras prioritárias que defendo estão
algumas demandas pontuais e localizadas como a questão ambiental, dando ênfase
para a revitalização dos rios Gravataí, Sinos e do Guaíba, para ficar só aqui
na Região Metropolitana. Além disso, também priorizo o incentivo à economia
sustentável, à geração de emprego, renda e consequente inclusão social, a
regularização fundiária e à luta pela moradia para os setores populares ainda
não incluídos no programa Minha Casa Minha Vida, através de uma articulação da
União, Estado e Município, que incentivaremos. Da mesma forma, entendo que é
necessário contribuir para buscar alternativas que solucionem os problemas
relativos ao transporte público, que deve ser de qualidade e acessível ao
conjunto maior da população, especialmente aos trabalhadores e à juventude, bem
como a mobilidade urbana a agilização da Reforma Agrária e da Reforma Urbana. É
uma prioridade também contribuir no debate, e na pressão, para a democratização
da informação com a consequente regulação da mídia, além da luta pela
constituinte exclusiva para fazer a Reforma Política, dentre outras”.
Reforma política
Quando Júlio fala de suas prioridades, fica claro que um dos temas nos quais ele está mais engajado é a Reforma Política. “Sobre a Reforma Política, está cada vez claro sua necessidade imperiosa. Com a atual representação política arcaica e conservadora que se constitui no país, inclusive nos poderes Executivo e Judiciário, e não apenas no parlamento, as reformas que alterem a distribuição de poder, que desconcentrem renda e ataquem as injustiças sociais existentes simplesmente não são aprovadas. Este é o caso de reivindicações e reformas pendentes há décadas, algumas já citadas por mim nesta entrevista. E como o Congresso Nacional atual é composto majoritariamente por representantes de banqueiros, empresários, grandes proprietários de terras e donos de meios de comunicação, que detém 70% das bancadas, a Reforma Política, que poderia alterar essa estrutura e abrir caminho para a aprovação das demais reformas, também não vai sair. Vem daí a constatação de que ‘com esse Congresso, não dá”, e a necessidade de ser convocada uma Assembleia Constituinte Exclusiva para fazê-la e 'dar voz ao povo'. Tenho convicção de que sem pressão popular, essa Reforma não sai. Por isso o apoio que estamos dando ao Plebiscito Popular que ocorrerá em todo o país dos dias 1º a 7 de setembro, quando a população será questionada e votará para dizer se quer ou não uma Reforma Política de forma urgente no Brasil. Acreditamos que se houver uma grande participação popular e se o “sim” vencer, estará criado um fato político capaz de forçar governos e parlamento a convocar eleições para a Constituinte exclusiva já no próximo ano”, explica.
Quando Júlio fala de suas prioridades, fica claro que um dos temas nos quais ele está mais engajado é a Reforma Política. “Sobre a Reforma Política, está cada vez claro sua necessidade imperiosa. Com a atual representação política arcaica e conservadora que se constitui no país, inclusive nos poderes Executivo e Judiciário, e não apenas no parlamento, as reformas que alterem a distribuição de poder, que desconcentrem renda e ataquem as injustiças sociais existentes simplesmente não são aprovadas. Este é o caso de reivindicações e reformas pendentes há décadas, algumas já citadas por mim nesta entrevista. E como o Congresso Nacional atual é composto majoritariamente por representantes de banqueiros, empresários, grandes proprietários de terras e donos de meios de comunicação, que detém 70% das bancadas, a Reforma Política, que poderia alterar essa estrutura e abrir caminho para a aprovação das demais reformas, também não vai sair. Vem daí a constatação de que ‘com esse Congresso, não dá”, e a necessidade de ser convocada uma Assembleia Constituinte Exclusiva para fazê-la e 'dar voz ao povo'. Tenho convicção de que sem pressão popular, essa Reforma não sai. Por isso o apoio que estamos dando ao Plebiscito Popular que ocorrerá em todo o país dos dias 1º a 7 de setembro, quando a população será questionada e votará para dizer se quer ou não uma Reforma Política de forma urgente no Brasil. Acreditamos que se houver uma grande participação popular e se o “sim” vencer, estará criado um fato político capaz de forçar governos e parlamento a convocar eleições para a Constituinte exclusiva já no próximo ano”, explica.
Reeleger nosso Projeto
Por fim, entendo que
nossa pré-candidatura a deputado estadual pelo PT, uma vez confirmada {a Convenção será dia 28}, além da modesta mas entusiástica
contribuição que daremos para reeleger nosso Projeto no Estado e no País
(representados pelos governos liderados pelo
governador Tarso Genro e pela Presidenta Dilma, e eleger o companheiro
Olívio Senador), contribuirá para
potencializar e politizar o debate -
tanto a nível estadual quanto municipal -, ajudando no esclarecimento do
povo, participando de suas lutas e
pressionando desde já pelo atendimento dessas
importantes demandas.
** Nota: Jornal O Timoneiro é um tradicional semanário do Município de Canoas/RS.
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