segunda-feira, 10 de julho de 2017

'Caso do senegalês ALIOU': A solidariedade com as pessoas (sobretudo com os mais pobres, com os excluídos, os perseguidos) sempre tem que estar em primeiro lugar!

A imagem pode conter: 2 pessoas, bicicleta e atividades ao ar livre


#Sobre o caso do vendedor senegalês ALIOU: Denúncia e APELO* postado no face da Advogada santiaguense Adriana Cristofari:

"Esse é meu amigo (e de mais muitas pessoas) Aliou.

Veio do Senegal, África, há 3 anos, a fim de buscar um trabalho digno para o sustento próprio e de sua família.

Ele vende objetos como capinhas de celular, relógios, anéis, meias, películas etc no fim do calçadão, em frente a loja Pompéia e é um amigo muito querido e especial para minha família.

No dia 07/07/2017 foi notificado pela fiscalização da Prefeitura que teria 48 horas (2 dias) para retirar seu expositor de mercadorias, sob a alegação de que há reclamações do comércio local e que a sua tenda estava interrompendo a passagem de pessoas. No entanto, pela fotografia, pode se observar que há um grande espaço entre o expositor e a beira da calçada e que em nada atrapalha a circulação de pessoas.

Ele é um amigo tão honesto e humilde que apenas queria fazer o que a fiscalização estava mandando sem argumentar, mas não me calei com tamanha injustiça e fui até a prefeitura falar com o Prefeito Tiago Gorski Lacerda (PP).

Quando comecei a relatar o problema do nosso amigo que lá trabalha há quase 2 anos na cidade, ele disse que não havia nenhuma outra possibilidade de ele e outros vendedores ambulantes continuarem mantendo suas tendas no calçadão, e, que estariam contrariando o disposto na lei 238/76.

Sugeri um espaço para eles continuarem exercendo seu trabalho, mas essa sugestão não foi aceita, pois, segundo o prefeito, não haveria na cidade um local adequado.

Ele relatou que deveríamos tratar tantos os imigrantes quanto vendedores da cidade como iguais, mas eis a questão: Os vendedores de Santiago tem família, tem CPF, tem RG, tem carteira de trabalho e podem arrumar algum emprego nesta cidade, mas os imigrantes têm somente a autorização provisória para ficar no Brasil, não falam o Português perfeitamente, ou seja, não existe alternativa de trabalho, a não ser vendendo esses objetos.

Nenhum texto alternativo automático disponível.


Diante dessa situação, me pergunto: Que tipo de seres humanos somos? Eles só querem trabalhar! Não incomodam ninguém! E não têm ninguém a quem possam recorrer.

Conto com a sugestão dos amigos e solidariedade para resolvermos juntos não só o problema do amigo, mas também dos demais vendedores ambulantes em especial dos imigrantes."
...
**Nota do Blog 'O Boqueirão Online': É imperioso que -  nesse caso, especialmente -,  prevaleça a sensibilidade e a solidariedade - ao invés dos rigores da lei. Casos excepcionais tem que ser analisados e tratados, por óbvio, excepcionalmente. Não somente em relação ao senegalês, mas também em relação à todxs aqueles que se encontram trabalhando honestamente, embora de forma precária ou mesmo irregular, e que dependem disso para seu sustento e de suas famílias.  

Se a Lei é equivocada e/ou injusta, revogue-se ... ou altere-se a Lei!

A solidariedade com as pessoas (sobretudo com os mais pobres, com os excluídos, com os perseguidos) sempre tem que estar em primeiro lugar. Com humanidade,  - e com boa vontade - resolve-se qualquer problema. E decisões equivocadas sempre podem ser revistas...   (por Júlio Garcia)

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