A Veja desta semana chega perto, mas não revela inteira, a
verdade que todos já sabem, menos os inquéritos policiais: o jato que matou
Eduardo Campos e abriu as portas para a segunda candidatura de Marina Silva foi
comprado pelo próprio, através de seu testa-de-ferro Aldo Guedes Álvaro.
Toda a imprensa sabe, aliás desde que ficou claro que Eduardo Campos aprovou pessoalmente a comprado avião,
ainda em 2014, logo após o acidente.
O processo se arrasta no Supremo, desde 2015.
O “aluguel” do jatinho não só era uma fachada como, saindo
das contas oficiais de campanha, representava uma lavagem de dinheiro
inquestionável.
Estranha a situação de Marina Silva, desde o resultado das
eleições gritando histericamente pela anulação da eleição com base nas fraudes
que diz-se ter ocorrido na chapa Dilma-Temer.
Se as contas do candidato a presidente e as do vice são
inseparáveis, como decidiu o TSE e defendeu sempre a Rede, as contas da chapa
Eduardo campos-Marina Silva, parte integrante de sua campanha, também as devem
condenar, porque ela usou o bem fraudado em seus deslocamentos eleitorais.
A “nova política”, os moralistas que apontam o dedo para as
mazelas de um sistema político-eleitoral desde sempre sustentado pelo dinheiro
das empresas são isso que agora fica claro: cínicos e hipócritas.
*Por Fernando Brito, jornalista. No Tijolaço
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