terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Ato unificado contra o governo Sartori reúne milhares de servidores pedindo não ao pacotaço




Por Fernanda Canofre (Sul21*)
Enquanto o Senado Federal aprovava a PEC do teto de gastos públicos (PEC 55), sem constrangimentos, por 53 votos a 16, no Largo Glênio Peres, em Porto Alegre, servidores estaduais ligados às fundações ameaçadas de extinção pelo pacote do governo José Ivo Sartori (PMDB), professores da rede estadual e outros funcionários públicos se uniam em protesto contra as medidas de austeridade no Rio Grande do Sul.
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O pacote apresentado pelo governo do Estado para conter a crise prevê a demissão de 1.200 funcionários públicos, extinção de nove fundações, fim do plebiscito para aprovação de privatizações de estatais importantes como a CEEE, a Sulgás e a CRM, parcelamento do 13º por mais de dois anos, entre outras medidas que afetam diretamente aos servidores.
Em cima do carro de som, um servidor da Procuradoria Geral do Estado dizia: “O pacote vai diminuir 0,21%, isso não resolve nada. A crise do Estado é de receita, não de despesa. O governo não quer discutir isenções fiscais porque são elas que pagam campanha do governador”.
Dezenas de sindicatos estavam representados no ato unificado. Bandeiras, cartazes e camisetas defendiam as causas de cada um.
Um servidor caminhava com a camiseta da Fundação Zoobotânica e os dizeres: “A FZB não tem preço. Tem valor”. Outro servidor, com a camiseta amarela do Cpers – Sindicato dos professores estaduais – levava a frase: “Na luta pelo piso com diálogo e união”.
“Estamos com os servidores no ato, contra este pacote, mas também reafirmando que o Estado não pode ficar apartado dos poderes. [A movimentação] é um recado também para a Assembleia Legislativa que proíbe servidores de entrar na Casa onde estão os nossos interesses. Hoje é um ato para afirmar de quem é o Estado do Rio Grande do Sul, e ele é do povo”, afirmou ao Sul21 a presidente do Cpers, Helenir Aguiar Schürer.
Cartazes colocados em frente à Assembleia também lembravam a questão simbólica de ela ter suas portas fechadas na data em que o Ato Institucional-5, o mais duro da época da ditadura militar, completa 48 anos. (...)
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