quarta-feira, 7 de novembro de 2012

'Nunca vi uma árvore bater num carro. O contrário, vejo frequentemente'




O preocupado -  e sempre lúcido -  internauta conterrâneo Weimar Donini (foto), hoje residindo em Blumenau/SC - mas sempre 'atento às coisas do pago' -, entrou na discussão sobre a polêmica que ora envolve as árvores (túnel verde) existentes às margens da BR 287, especialmente no trecho entre Santiago e Jaguari.  O post abaixo foi retirado de comentário realizado por ele no Blog do Rafael Nemitz. 

"Sou contra os cortes, e dou algumas razões (ratio):  

1) É um diferencial turístico deste trecho da estrada (ainda está mal explorada, é verdade);  

2) Apesar de não ser vegetação nativa, colabora para a qualidade do ar;  

3) Árvores não causam acidentes, via de regra (excepcionalmente uma ou outra, pela ação dos ventos e raios pode cair sobre a rodovia);  

4) Nunca vi uma árvore bater num carro. O contrário, vejo frequentemente;  

5) Se formos utilizar o falacioso argumento do comentarista (de que a derrubada das árvores salvará vidas), a proibição de comercialização de automóveis particulares salvará muito mais;  

6) Se não houver árvores onde bater, o acidentado despencará montanha abaixo e, por último, e não menos importante,  

7) Derrubar árvores é fácil. Qualquer um derruba. Quero ver é plantá-las, cuidá-las. Aí são poucos. Muito poucos. Pouquíssimos!"
...

* Nota do Editor do Blog: creio que  não precisa  ser 'especialista' na área para entender que a  colocação de uma proteção apropriada ('guard rails')  nos locais de maior perigo resolverá o problema sem a necessidade de sacrificar-se as árvores, o que, em havendo,  gerará sério e danoso precedente para o nosso já tão castigado 'meio ambiente'. (Júlio Garcia)

2 comentários:

  1. É, mais uma vez, Santiago na contramão da história. Além de não se arborizar devidamente as ruas da cidade, quando temos um local que lembra as belas vegetações europeias, que é o caso dos trechos com pinheiros, querem cortar as árvores, para que alguns possam correr no dobro da velocidade permitida e sair da estrada para capotar barranco abaixo sem o perigo de bater em um pinheiro. É isso que eu chamo de liberdade. É como dizer a alguém: vai lá, anda a 150, 160, não tem mais pinheiros. Isso até parece ser piada, algum tipo de ironia, de deboche, porque não é possível tamanha burrice. É como resolver o problema das bicheiras no gado matando o gado. Só em Santiago mesmo.

    http://artedofim.blogspot.com.br/2012/11/sobre-discussao-imbecil-do-corte-de.html

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  2. Gostaria de saber o que o sr. Weimar entende de segurança viária para adjetivar de falaciosos argumentos de outrem? Se este senhor procurasse informar-se dos conceitos de área livre, entorno tolerante, área de segurança, etc, adotado pelos países de primeiro mundo deixaria de falar tanta besteira. Estudos sérios mostram que países subdesenvolvidos têm esta tendência de ficar culpando os motorista, ficando inerte quanto as ações de segurança viária. Estes mesmos estudos demonstram que estas ações têm resultados mais rápidos que esperar a educação do motorista (aliás, num país de mal educados, quando os condutores serão educados?). Não é preciso cortar todas ás árvores para se ter mais segurança. Um corte seletivo das mais próximas e proteção com defensas onde há precipícios já seriam boas medidas. Aliás, nos países sérios, é recomendado, inclusive, o plantio de árvores de pequeno porte nativas, que além de melhorar o ambiente, serve de amortecimento em colisões. Antes destes julgamentos precipitados com adjetivações de "imbecil", "estúpido" e "falacioso" deveriam ler sobre o assunto.

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