Por
Conceição Lemes, no Viomundo*
Está
no Código de Ética Médica. O papel do médico é tratar, cuidar, curar. Também
prever para prevenir.
Na
época da ditadura, havia uns médicos que avaliavam o quanto os presos políticos
poderiam aguentar mais o pau-de-arara, a cadeira do dragão, os afogamentos, os
eletrochoques… Examinavam rapidamente as vítimas e davam seu “diagnóstico” para
os torturadores: “podem continuar”.
O
laudo da junta médica da Universidade de Brasília (UnB) sobre o estado de saúde
do ex-deputado federal José Genoino Neto (PT-SP), divulgado na terça-feira 29,
me fez lembrar os médicos dos porões.
Genoino
foi condenado a 4 anos e 8 meses em regime semiaberto na ação penal 470, o
chamado mensalão. Porém, devido a sua saúde frágil e ao seu alto risco
cardiovascular, pediu ao ministro Joaquim Barbosa, presidente do Supremo
Tribunal Federal (STF), para cumprir a pena em prisão domiciliar.
Barbosa,
respaldado pelo laudo da junta da UnB (na íntegra, no final), revogou a prisão
domiciliar provisória de Genoino e
mandou-o de volta ao Centro de Internamento e Reeducação (CIR) da
Penitenciária da Papuda, em Brasília.
Genoino
tem 67 anos – neste sábado, completa 68 – e um catálogo de doenças, atestado
pela própria junta médica da UnB. (...)
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