sexta-feira, 9 de maio de 2014

Vem aí uma Constituinte pra reformar a Política: contra o PMDB, e contra a Globo





Grupos ligados à esquerda petista, e a movimentos sociais e sindicais, promovem um ato em defesa da convocação de uma Assembleia Constituinte Exclusiva e Soberana para o Sistema Político, neste sábado, em São Paulo. “Chega desse Congresso balcão de negócios. O Supremo Tribunal Federal prova a cada dia que está a serviço das elites”, diz  o manifesto do ato. Será que o PT está retomando a iniciativa política e se engajará nessa campanha?

Por Igor Felippe* 

A realização de um plebiscito para a convocação de uma Assembleia Constituinte – que terá a missão de reformar o sistema político brasileiro – surgiu como um raio em céu de brigadeiro no contexto das mobilizações de massa de junho, em discurso da presidenta Dilma Rousseff em rede nacional de rádio e televisão.

O recado dado por Dilma à sociedade brasileira era claro: as demandas apresentadas nos protestos não poderiam ser atendidas sem estourar a trama de interesses sustentada pelo atual sistema político. E que a maioria dos parlamentares do Congresso Nacional não deixaria que uma proposta de transformação da política institucional fosse levada a cabo.

A proposta tocou o nervo dos donos do castelo do poder no nosso país, tanto que houve uma reação violenta da oposição ao governo, dos partidos conservadores da base e dos grandes meios de comunicação. O PMDB abriu guerra ao governo, a oposição passou a fazer acusações de “chavismo” e os jornais fizeram uma série de editoriais contra a Constituinte. Até mesmo parlamentares do próprio PT, já adaptados às características do modelo institucional, rejeitaram a ideia.

A pressão foi tão grande que, depois do tiroteio, a presidenta recuou e deixou a Constituinte em banho maria. No entanto, movimentos populares, organizações sindicais, entidades estudantis viram uma porta entreaberta para ocupar a arena política e passaram a empunhar a bandeira da Constituinte.

“Sem enfrentar os limites constitucionais de nosso sistema político não teremos nenhuma mudança estrutural. Assim como a “Diretas Já” foi uma palavra de ordem que se tornou meta-síntese da luta contra a ditadura, a “Constituinte Já” pode ocupar o mesmo papel”, analisa o dirigente da Consulta Popular, Ricardo Gebrim.

Mais de 170 organizações fazem uma campanha por uma Assembleia Constituinte Exclusiva e Soberana para reformar o sistema político, a partir da construção de comitês populares em todo o país suprapartidários em todo o país.

“Os maiores partidos de esquerda, as principais centrais sindicais, pastorais e movimentos sociais estão participando, o que demonstra muita representatividade nas forças populares organizadas”, afirma Gebrim, que faz parte da coordenação da campanha.

Esses comitês realizarão um plebiscito popular, de caráter informal, na primeira semana de setembro, com uma única pergunta: “Você é a favor de uma Constituinte Exclusiva e Soberana do Sistema Político?”. Em seis meses de articulação, já aconteceram duas plenárias nacionais, foram realizadas reuniões em todos os estados e criados mais de 300 comitês, entre regionais, estaduais, municipais e locais da campanha.

“O plebiscito popular é uma importante ferramenta pedagógica, pois permite envolver milhares de ativistas. Ela possibilita construir a bandeira da Constituinte Exclusiva como uma meta síntese da insatisfação com o sistema político”, avalia Gebrim. (...)

-Continue lendo CLICANDO  AQUI

Nenhum comentário:

Postar um comentário