sábado, 3 de maio de 2014

Presidenta Dilma voltou à ofensiva no discurso para o 1° de Maio





Salário mínimo, Bolsa Família e tabela de IR: sobre este tripé a oposição titubeia em se pronunciar. O que Aécio e Eduardo Campos têm a falar sobre isso?

Por Antônio Lassance, na Carta Maior*

Dilma voltou à ofensiva. Colocou em debate a discussão sobre qual é a prioridade da política econômica e desafiou os adversários a mostrarem quem são e o que querem para os trabalhadores.

O recado foi claro para a turma do ajuste fiscal a qualquer custo - as candidaturas de Aécio e Eduardo Campos.

Os candidatos oposicionistas continuam fazendo discursos que soam como música aos financiadores de campanha, principalmente para os bancos. Dilma resolveu fazer um discurso para os trabalhadores.
Lembrou que a prioridade de uma política econômica deve ser a de garantir emprego e salário. A própria importância do controle da inflação deve ter como objetivo central preservar a renda do trabalhador, principalmente os mais pobres.

Rebateu os que falam em um suposto descontrole da inflação com o dado objetivo de que os últimos 11 anos foram o período mais longo de inflação baixa de toda a história brasileira.

Nesse mesmo período, o salário do trabalhador cresceu 70% acima da inflação. Foram gerados mais de 20 milhões de novos empregos com carteira assinada. Só durante o governo Dilma, foram 4,8 milhões de novos empregos.

A luta mais difícil e importante é "a luta do emprego e do salário", disse no pronunciamento. Em seguida, anunciou que assinou uma Medida Provisória que corrige a tabela do Imposto de Renda e um decreto que reajusta em 10% os valores do Bolsa Família. 

Uma outra medida importante para os trabalhadores já fazia parte da proposta de Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2015: o reajuste do salário mínimo de 7,71% (R$ 779,00), mais uma vez, acima da inflação.

A consequência do pronunciamento e dessas decisões, no curto prazo, é que Dilma será duramente atacada e precisará reagir com novas ofensivas demarcadoras de sua posição. Precisará forçar seus opositores a assumirem a face antipopular de suas candidaturas.

Depois de ter sido obrigada, em 2013, a promover um recuo em sua política econômica diante do terrorismo fiscal dos que pintavam cenários pessimistas, Dilma pode ter percebido, claramente, que recuar não melhorou em nada sua situação.

A elevação da taxa de juros Selic e o duro contingenciamento previsto para o ano de 2014 não fizeram nem cócegas nos adeptos da obsessão fiscal. Se Dilma fechar o governo e jogar a chave fora, seus críticos continuarão achando pouco.

A turma do tripé pode ter cometido um erro crasso: forçou Dilma a trazer o debate da política econômica para o campo da prioridade social e a colocar na berlinda os interesses que estão por trás da política de ajuste fiscal e juros altos. Conforme disse, não é gente preocupada nem com o crescimento do país, muito menos com o emprego e o salário dos trabalhadores.

Dilma pode ter finalmente firmado o golpe e encontrado o mote de sua campanha, capaz de demarcar claramente o campo de sua candidatura. Quem quiser, sobretudo, arrocho, que faça bom proveito com Aécio ou Campos. (...)

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