O documento firmado pelo DEM e PSDB no último dia 19 de
dezembro configura mais uma tendência para o pleito de 2014. A candidatura
Aécio Neves passa a ter palanque natural e de acordo com as forças
conservadoras e neoliberais que o sustentam no Rio Grande do Sul. Isso por si
só não é novidade, pois espera-se que também o PPS caminhe nessa direção por
imposição nacional ou, como querem alguns no Rio Grande do Sul, garantir apoio
à candidatura de Eduardo Campos. A avaliação é do deputado estadual Raul Pont
(PT) que aponta uma aceleração do processo de definições partidárias para as
eleições de 2014.
Para Pont, o documento do DEM e do PSDB reforça a análise
feita por ele há algumas semanas sobre o que considera um equívoco do PDT em
buscar um caminho próprio no Estado quando nacionalmente estão definidos e
comprometidos com o governo Dilma Roussef. O deputado petista observa que antes
da convenção do dia 7 de dezembro, o PDT alardeava as amplas possibilidades de
contar com o PPS e DEM na busca de espaço próprio, porém. A aliança firmada
agora no dia 19 de dezembro, acrescenta, sepulta essa possibilidade, mostrando
que só restará ao PDT o caminho da chapa pura, mas isolada, com candidatura
fraca e sem tempo de rádio e TV.
“Configura-se o quadro já anunciado quando conclamávamos os
pedetistas a não cometerem esse equívoco e que se mantivessem conosco na
Unidade Popular para reeleição de Tarso Genro. Num projeto sintonizado,
coerente com a situação nacional e identificado com semelhanças comuns de
projetos de trabalhistas, petistas, comunistas e democratas,” diz Pont.
O dirigente petista acredita que ainda há tempo para que o
PDT mude de ideia. “Essa definição DEM/PSDB sinaliza o último momento possível
de definição e discussão entre os trabalhistas do PDT na decisão da
pré-convenção que anunciou candidatura própria. Ainda dá tempo de corrigir os
rumos, mas os riscos estão cada vez maiores e continuamos na expectativa de que
a coerência programática e a lógica do processo político permita aos
companheiros do PDT repensar a estratégia e reforçar a alternativa constituída
na Unidade Popular, governo que ajudaram a construir nos últimos três anos”,
afirma. (...)
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