São Paulo – RBA - A presidenta Dilma Rousseff fez na noite de
ontem (10), na festa de 34 anos do Partido dos Trabalhadores, em São Paulo, um
pronunciamento incisivo contra “aqueles que vêm fazendo previsões catastróficas
para o nosso país”. Sem citar nomes de partidos ou lideranças da oposição,
disse que o discurso pessimista vem dos “mesmos que há 34 anos diziam que era
improvável construir no Brasil um partido dos trabalhadores, que disseram ser
impossível um operário ser presidente, que mais adiante afirmaram que uma
mulher não teria pulso para comandar”.
“Agora, antes mesmo de serem capazes de assimilar e avaliar
a obra que realizamos, eles têm a cara de pau de dizer que o ciclo do PT
acabou, que nosso modelo se esgotou. Essas declarações são dos mesmos que antes
da posse de Lula anunciaram uma debandada gigantesca de empresários que sairiam
correndo do país”, disse a presidenta.
O senador Aécio Neves (PSDB-MG), pré-candidato à presidência
pelo PSDB, vem criticando a política econômica do governo Dilma, que, segundo
ele, provoca um clima de desconfiança no país.
Em seu discurso Dilma continuou dizendo que os críticos de
seu governo “são os mesmos que a cada crise internacional diziam que o Brasil
ia afundar”. “E nós enfrentamos e vencemos todas as crises até agora. São os
mesmos, esses pessimistas, que agora aproveitam alguns desequilíbrios típicos
de uma conjuntura internacional muito difícil para todos os países para dizer
que o fim do mundo chegou. O fim do mundo chegou, sim, mas chegou para eles e
isso faz muito tempo”, ironizou.
De acordo com ela, “o fim do mundo começou” para os
"pessimistas" e os que apostam em supostos equívocos da política
econômica implementada no país nos governos de Luiz Inácio Lula da Silva
(2003-2010) e no dela própria, “quando o destino do Brasil escapou por entre
seus dedos”, depois de o país “ser governado para poucos como vinha sendo até
então”.
A presidenta afirmou que os opositores “não entendem o
acelerado processo de ascensão social que está em marcha em nosso país”, e enumerou
uma série de ações dos governos petistas a partir do momento em que, segundo
ela, “a riqueza nacional passou a ser investida verdadeiramente em favor da
nossa população, da constituição de uma forte classe média e em favor dos mais
pobres”.
Embora também sem citar nomes, o presidente nacional do PT,
o deputado estadual Rui Falcão (SP), atacou o PSDB. “Quando dizem que o país
precisa de algo novo, o algo novo deles é privatizar para se beneficiar, fechar
os olhos para o cartel do Metrô e para carregamentos exóticos em
helicópteros?”, disse, em referência à venda de empresas públicas promovida em
várias gestões tucanas, às denúncias de corrupção no sistema de transportes
paulista e à apreensão de cocaína no helicóptero do deputado estadual mineiro
Gustavo Perrella (Solidariedade), aliado de Aécio.
De acordo com Dilma Rousseff, em 1980, quando o PT foi
fundado, “o Brasil era um país imensamente desigual, sem rumo e sem esperança”.
Ainda sem mencionar nomes, a presidenta afirmou que, ao
contrário do que dizem os que “teimam em não enxergar” os resultados de sua
política econômica, o país está se desenvolvendo “sem abdicar dos nossos
compromissos com a solidez dos fundamentos macroeconômicos”. Segundo ela, a
dívida líquida do setor publico caiu de 42,1%, em 2009, auge da crise
internacional, para 34% em 2013.
“E a dívida bruta, que tanto falam, como explicar que ela
tenha declinado de 60,9% para 58,5% do PIB do inicio da crise em 2009 até hoje?
Dessa maneira, nos transformamos em um dos países menos endividados do mundo,
entre aqueles que têm grandes setores produtivos e são grandes economias”,
disse Dilma.
*Via Rede Brasil Atual http://www.redebrasilatual.com.br/
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