segunda-feira, 15 de outubro de 2012

BUENO (sobre a campanha eleitoral): 'Estou muito feliz e ciente de ter cumprido com tudo aquilo que prometi '




SONHO SONHADO POR MUITOS

Por Antônio Bueno*

Após uma longa e exitosa caminhada é importante que façamos algumas reflexões, considerações e agradecimentos, é preciso que entendamos o período pré-eleitoral, como e por que se configuraram desta forma, as composições, as dificuldades estruturais e humanas da campanha e dos nossos adversários, o diálogo com a sociedade, as conquistas, o que deixamos plantado e o que pretendemos construir, coletivamente, para futuro. 

Em setembro de 2011 o Partido dos Trabalhadores, através do seu diretório, autorizou que participássemos das negociações do chamado “frentão” que já dialogava há dois meses, com a visão de que não deveríamos ser mais coadjuvantes (carregadores de bandeiras) e sim protagonistas com a inclusão do meu nome na chapa majoritária. Como já vem acontecendo há anos, o PMDB (leia-se Valério) protelou as negociações, não debatia internamente, não apresentou nomes e recusou o nome apresentado pelos outros, deixando para a última hora a tomada de decisões.

O PT, percebendo a manobra e tentando unificar os Partidos, retirou o meu nome em favor do Vereador Bianchini (PPL), reconhecendo ser naquele momento o Político mais destacado no Parlamento Municipal, de conduta ilibada e que poderia liderar esta frente de partidos, hipótese imediatamente rechaçada pelo Sr. Valério que tem divergências políticas com o Bianchini por questiúnculas do passado; neste momento entendemos que não tinha sentido algum continuar nos reunindo por que definitivamente não chegaríamos a lugar algum. 

A situação se complicou, o Bianchini entendeu que seria mais viável politicamente concorrer novamente a Vereador, não tínhamos decisões do PT e, muito menos, do PDT sobre que caminhos deveríamos seguir, se coligados ou não. Num debate maduro e franco o PT aprovou a coligação com o PDT e com o PPL na compreensão de que não poderíamos continuar isolados, precisaríamos aglutinar outras forças para fortalecer a Candidatura Majoritária e garantir a conquista de Bancada no Parlamento. O PDT optou por compor com o Partido dos Trabalhadores e com o Partido da Pátria Livre na compreensão de que seria o melhor caminho para manter e ampliar sua representatividade na Câmara de Vereadores. (...)

Diante das dificuldades, do desempenho histórico do PT em Santiago, do poderio dos nossos adversários e da cultura do nosso povo, o resultado obtido é extremamente animador e nos enche de alegria: dobramos o melhor resultado obtido em anos anteriores, recuperamos a bancada elegendo dois vereadores numa composição de 13 (treze), fizemos uma campanha positiva, o desejo de mudança e transformações repercutiu por toda a cidade e até no estado (...), agregamos apoios fantásticos de homens e mulheres, jovens ou idosos, explicitados ou anônimos, honramos com cada compromisso assumido seja de postura ou financeiro e acima de tudo, saímos desta campanha inteiros, unidos e de cabeça erguida, prontos para começar imediatamente uma nova caminhada.

É preciso registrar a manifestação de apoio de tantos Santiaguenses que em muitas vezes optaram pelo anonimato, que compactuaram com o desejo de mudança, alguns jamais votaram  para Prefeito no PT, mas viram no meu nome muita seriedade e na nossa mensagem uma necessidade para o progresso e melhoria de vida dos nossos conterrâneos, por isto se engajaram e fortaleceram nossa luta.

A vitória ou a derrota não faz com que mudamos nossas convicções, por isto desejar sucesso ao Prefeito Ruivo seria demagogia de minha parte, pois dizemos a todos, não mandamos dizer, que a continuidade deste modelo é avalizar todos os vícios e privilégios que se perpetuam há anos. O Partido Progressista (PP) se compromete e se afunda a cada vitória e leva  consigo o sonho de tantos Santiaguenses. Ruivo, infelizmente, não se livrará das amarras a ele impostas e o comando central continuará sendo na Benjamin Constant, Santiago continuará perdendo oportunidades e não alterará a forma de administrar.

Estou muito feliz e ciente de ter cumprido com tudo aquilo que prometi aos Partidos que me deram a honra de representá-los e a mim mesmo. Prometi dar o melhor de mim para não envergonhá-los, valorizando e enaltecendo a história deles, respeitando nossos adversários e a cada eleitor, dizendo tudo o que era preciso dizer sem nunca perder a ternura. Plantamos uma valorosa semente que nascerá e que deverá ser cultivada por homens e mulheres que desejam e lutam por uma cidade melhor, precisamos persistir e um dia colheremos um vistoso fruto e Santiago nunca mais será a mesma.

Sonho com uma cidade fraterna, muito mais humana, ecologicamente correta, socialmente justa, que respeite e valorize a todos, que gere oportunidade ao seu povo, que aplique bem e com transparência o dinheiro público, que administre com participação popular, que apareça na mídia estadual e nacional por notícias boas, não por desastres, escândalos ou catástrofes, que seja efetivamente pólo de saúde e educação, protagonista do desenvolvimento regional.

Obrigado a todos e não deixe essa chama apagar, continuarei lutando e agregando mais companheiros, não podemos fazer esses debates só em período eleitoral, precisamos prestigiar e dar sustentação aos Vereadores que elegemos, precisamos criar formas de acompanhamento e fiscalização exercitando nossos direitos e nossos deveres de cidadão, temos que disputar cada espaço da sociedade organizada, precisamos  levar informações, conscientizar nosso povo, mostrar que existem outras forças políticas que saberão construir uma cidade muito melhor .

UMA BOA LUTA, VIVA SANTIAGO E VIVA AO POVO SANTIAGUENSE!

*Antônio da Rosa Bueno (foto) é bancário, sindicalista e ex-vereador do PT. Concorreu a prefeito de Santiago nestas últimas eleições pela Unidade Popular (PT/PDT/PPL), tendo a chapa majoritária obtido 16,43% dos votos. É o atual Presidente do PT de Santiago/RS.

(Com o Facebook de  'Antônio Bueno - Coragem para Avançar') - Grifos deste blog

(18,07 h)

Um comentário:

  1. A palavra foi dita, vejamos se a prática a confirmará. Começar já, agora, hoje, o trabalho diuturno, miúdo, constante de tentar esclarecer um pouco mais a sociedade humilde santiaguense. De nada adiantará plantar em terra árida. Para a chamada "elite", composta de no máximo 5% da população, se computarmos aí aqueles que detém benesses do poder dominante e que, por isto, se acham incluídos. Julgam-se parte da elite, sem, contudo, sê-lo!
    A mentalidade medieval dos senhores das terras, da vassalagem, do campesinato, precisa mudar.A sociedade hoje é outra, embora muitos ainda não tenham percebido. A vida democrática supõe um conhecimento e uma consciência de classe. De classe operária, de classe trabalhadora braçal. Enquanto persistir esta salada de frutas que só interessa aos 5% que dominam, os restantes 95% permanecerão subjugados, aceitando migalhas, brigando por fatias cada vez menores. Aceitando o servilismo e achando que isto é coisa natural. Não é! A classe trabalhadora não tem consciência da força que possui, do poder que, se unida fosse, teria nas transformações, no aumento de sua renda, nas conquistas sociais.

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