Brasília/DF - Agência Brasil - Representantes do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), do
Instituto Atuação e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) passaram parte da
tarde de hoje (13), no Salão Verde da Câmara, a fim de pressionar os deputados
para que votem uma proposta de reforma política que atenda aos interesses da
sociedade. Eles também iniciaram a coleta de assinaturas para a criação de uma
frente parlamentar pela reforma política.
O
coordenador do MCCE, juiz Eleitoral Márlon Reis, disse que também estão sendo
colhidas assinaturas da sociedade civil para a apresentação de um projeto de
lei de iniciativa popular sobre a reforma política. Segundo Márlon Reis, o
texto da proposta, chamada de Eleições Limpas, está sendo entregue a deputados
e senadores para que eles possam discuti-lo a tempo de ser aprovado o mais
rapidamente possível a fim de valer para as eleições do ano que vem. “O
Congresso sabe que já passou do tempo para fazer uma reforma política”, disse.
De
acordo com Márlon Reis, a proposta Eleições Limpas prevê o fim do financiamento
de campanhas eleitorais por empresas privadas, a criação de um sistema público
privado pelo qual seriam aceitas doações de pessoas físicas com limite para
doação aos partidos, eleição para o Legislativo em dois turnos e mais liberdade
de expressão dos cidadãos em relação ao debate eleitoral. Para o sistema
eleitoral, a ideia é que a eleição ocorra em duas etapas. O primeiro turno
ocorreria com os eleitores votando em partidos, não em candidatos.
De
acordo com Márlon Reis, a proposta de minirreforma política elaborada por uma
comissão de parlamentares e que está pronta para ser votada pelo plenário da
Câmara, vai de encontro com o proposto pelo MCCE e pela OAB. “É um caminho
oposto do que a sociedade quer”, disse.
Ele acredita que “em todos os partidos” existem deputados e senadores abertos
ao diálogo e dispostos a votar uma reforma política.
Por Iolando
Lourenço - Repórter
da Agência Brasil - Edição final deste blog
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