O
deputado Sandro Mabel (PMDB-GO), autor do Projeto de Lei 4330 que trata da
terceirização, cometeu um grave equívoco ao afirmar que a CUT “é contra a
aprovação do PL porque vai perder arrecadação sindical”. A afirmação consta de
entrevista concedida pelo parlamentar ao portal da CNI (Confederação Nacional da
Indústria) e publicada na tarde desta terça-feira (13). A fala também foi
reproduzida pela Agência Estado, em reportagem que não “ouviu o outro lado”, no
caso a CUT, como mandam manuais de redação e o bom jornalismo.
A
CUT é contra o imposto sindical. Esta é a posição oficial da Central, já
amplamente conhecida e divulgada. A
central é a única no País que defende a substituição do imposto sindical
compulsório pela contribuição da negociação coletiva. Também defende que todo trabalhador seja livre para escolher o
sindicato que o represente.
Além
de falar uma inverdade sobre a CUT que foi reproduzida pela mídia sem ouvir a
central, na mesma entrevista, Mabel admitiu que o seu projeto (4330) reduz
direitos dos trabalhadores terceirizados. De acordo com o que o deputado
afirmou no texto publicado na CNI e na AE, “existe a possibilidade das (sic)
empresas, ao diversificar as funções dos seus trabalhadores com a
terceirização, contribuírem para dispersar a filiação sindical deles e,
portanto, reduzir a receita”.
Traduzindo
o que Mabel disse: o PL 4330 reduz direitos dos trabalhadores, porque vai
ampliar a terceirização de forma ainda mais precária e, com isso, reduzir o
número de filiações aos sindicatos, pulverizá-las, dificultando a organização e
a luta da classe trabalhadora por seus direitos, melhores condições de trabalho
e salário. E essa luta é feita pelos sindicatos e centrais, que são os
legítimos representantes dos trabalhadores.
Para
o presidente nacional da CUT, Vagner Freitas, a afirmação de Mabel é o reconhecimento
de como e quanto o projeto 4330, se aprovado, prejudicará os trabalhadores
terceirizados e toda a classe trabalhadora brasileira.
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Fonte: http://www.cut.org.br
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