quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Opinião



Uma reflexão Partidária

Por Jorge Camargo*

Não se pode falar em política partidária, sem deixarmos de analisar as imposições das mudanças necessárias no Diretório Municipal de Santiago. Ocorrido o pleito interno do Partido, firmou-se o nome do companheiro Chico Matos como líder maior dos filiados. Militante com grande história no PT santiaguense, homem firme e cidadão honrado. Reconhecemos na figura de Chico Matos, aclamado pela vontade democrática de nossos companheiros através do voto, um indivíduo com muitas qualidades e que terá nosso apoio para tudo o que for necessário. Essa deve ser a posição daqueles que reconhecem na democracia um sistema político relevante, e que mesmo com suas falhas, foi o que de melhor o homem ao longo de sua existência conseguiu construir.

No nosso ponto de vista, muitas deverão ser as mudanças introduzidas por tão honrado companheiro. Aqui vamos falar de algumas delas. Em especial, sobre a importância da união dos seus integrantes. Não podemos conceber uma célula partidária sem considerar a união entre seus membros. Essa deverá ser uma das primeiras conquistas do novo presidente do Partido. Unir seus integrantes, deixando de lado os interesses pessoais e objetivando o bem comum. Não permitindo que os interesses menores se sobreponham sobre os interesses do Partido. Tratar do bem comum é o objetivo maior de qualquer cidadão que se propõe exercer a política. Essa busca pelo bem comum, se necessário for, deverá estar acima inclusive das aspirações políticas partidárias e pessoais. Para tal, o companheiro Chico Matos deverá demonstrar a sua liderança e bom senso, procurando unir as diversas alas existentes no seio de nossa agremiação e corrigindo algumas atitudes que não somam para o fortalecimento da sigla. E que as decisões sejam tomadas obedecendo estritamente os estatutos partidários, evitando dessa forma favorecimentos pessoais. Todas as decisões políticas, administrativas e indicativas (...) deverão ser discutidas abertamente dentro das instâncias competentes do Diretório. Somente assim será possível concretizar a união, observar a ética e fortalecer o PT santiaguense para o próximo pleito que se aproxima.

Outro ponto não menos importante, é a questão ética (acima referendada) nas relações e nos acordos firmados entre os filiados. A ética no mundo político apresenta uma coloração diferente da ética comum. Certo ou errado é assim que funciona.  É natural neste meio um distanciamento da ética Kantiana para a prática de uma ética utilitarista, preconizada por Stuart Mill. Vale lembrar, que a ética é observância de códigos morais acordados anteriormente pelo grupo social. Immanuel Kant nos fala de uma ética universal, onde nossa atitude deve ser plausível para todos. Daí decorre o conceito elaborado por tão grande pensador sobre o Imperativo Categórico. Mesmo que não sejamos tão cartesianos no mundo político para levarmos a ética Kantiana “ao fio da navalha”, não podemos deixar que nossas atitudes sejam baseadas na falsidade, no individualismo e na traição. Se assim o forem, criaremos um comportamento que provocará a desagregação e ao enfraquecimento do grupo. Faz-se necessário, portanto, um mínimo de ética. Somente assim renascerá a confiança, a união e o fortalecimento dos membros do Partido.

Além destes tópicos apresentados e não menos importante, cabe a ressalva de que hoje o PT é Governo Federal e Estadual. Em função disso, não podemos deixar de analisar as propostas e políticas de governo que poderiam beneficiar nossa cidade. Precisamos fazer com que os investimentos e as verbas públicas cheguem para a comunidade santiaguense, através dos órgãos competentes. Assim nossos munícipes sentirão na prática a mudança de paradigma proposto através dos investimentos do Governo Dilma e Tarso. Essa seria uma maneira  de ajudarmos Santiago, independente da legenda partidária à frente do órgão público beneficiado, pois o reconhecimento dar-se-á nas urnas, quando nossa comunidade irá refletir para escolher os novos representantes.

Cabe aqui uma reflexão para todos nós.

*Jorge Camargo (foto) é militante do PT de Santiago/RS.

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