Uma reflexão Partidária
Por Jorge Camargo*
Não se pode falar em política partidária, sem deixarmos de analisar as
imposições das mudanças necessárias no Diretório Municipal de Santiago.
Ocorrido o pleito interno do Partido, firmou-se o nome do companheiro Chico
Matos como líder maior dos filiados. Militante com grande história no PT
santiaguense, homem firme e cidadão honrado. Reconhecemos na figura de Chico
Matos, aclamado pela vontade democrática de nossos companheiros através do
voto, um indivíduo com muitas qualidades e que terá nosso apoio para tudo o que
for necessário. Essa deve ser a posição daqueles que reconhecem na democracia
um sistema político relevante, e que mesmo com suas falhas, foi o que de melhor
o homem ao longo de sua existência conseguiu construir.
No nosso ponto de vista, muitas deverão ser as mudanças introduzidas por
tão honrado companheiro. Aqui vamos falar de algumas delas. Em especial, sobre
a importância da união dos seus integrantes. Não podemos conceber uma célula
partidária sem considerar a união entre seus membros. Essa deverá ser uma das
primeiras conquistas do novo presidente do Partido. Unir seus integrantes,
deixando de lado os interesses pessoais e objetivando o bem comum. Não
permitindo que os interesses menores se sobreponham sobre os interesses do
Partido. Tratar do bem comum é o objetivo maior de qualquer cidadão que se
propõe exercer a política. Essa busca pelo bem comum, se necessário for, deverá
estar acima inclusive das aspirações políticas partidárias e pessoais. Para
tal, o companheiro Chico Matos deverá demonstrar a sua liderança e bom senso,
procurando unir as diversas alas existentes no seio de nossa agremiação e
corrigindo algumas atitudes que não somam para o fortalecimento da sigla. E que
as decisões sejam tomadas obedecendo estritamente os estatutos partidários,
evitando dessa forma favorecimentos pessoais. Todas as decisões políticas,
administrativas e indicativas (...) deverão ser discutidas abertamente dentro
das instâncias competentes do Diretório. Somente assim será possível
concretizar a união, observar a ética e fortalecer o PT santiaguense para o
próximo pleito que se aproxima.
Outro ponto não menos importante, é a questão ética (acima referendada)
nas relações e nos acordos firmados entre os filiados. A ética no mundo
político apresenta uma coloração diferente da ética comum. Certo ou errado é
assim que funciona. É natural neste meio
um distanciamento da ética Kantiana para a prática de uma ética utilitarista,
preconizada por Stuart Mill. Vale lembrar, que a ética é observância de códigos
morais acordados anteriormente pelo grupo social. Immanuel Kant nos fala de uma
ética universal, onde nossa atitude deve ser plausível para todos. Daí decorre
o conceito elaborado por tão grande pensador sobre o Imperativo Categórico.
Mesmo que não sejamos tão cartesianos no mundo político para levarmos a ética
Kantiana “ao fio da navalha”, não podemos deixar que nossas atitudes sejam
baseadas na falsidade, no individualismo e na traição. Se assim o forem,
criaremos um comportamento que provocará a desagregação e ao enfraquecimento do
grupo. Faz-se necessário, portanto, um mínimo de ética. Somente assim renascerá
a confiança, a união e o fortalecimento dos membros do Partido.
Além destes tópicos apresentados e não menos importante, cabe a ressalva
de que hoje o PT é Governo Federal e Estadual. Em função disso, não podemos
deixar de analisar as propostas e políticas de governo que poderiam beneficiar
nossa cidade. Precisamos fazer com que os investimentos e as verbas públicas
cheguem para a comunidade santiaguense, através dos órgãos competentes. Assim
nossos munícipes sentirão na prática a mudança de paradigma proposto através
dos investimentos do Governo Dilma e Tarso. Essa seria uma maneira de ajudarmos Santiago, independente da
legenda partidária à frente do órgão público beneficiado, pois o reconhecimento
dar-se-á nas urnas, quando nossa comunidade irá refletir para escolher os novos
representantes.
Cabe aqui uma reflexão para todos nós.
*Jorge Camargo (foto) é militante do PT de Santiago/RS.
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