A simples menção ao nome
Cuba costuma desencadear uma onda de reações estúpidas da imprensa e da classe
média idiotizada, que não consegue compreender lhufas das necessidades de uma
economia como a brasileira fazer bons negócios e obter posições estratégicas
nos mercados mais promissores, sem falar obrigação moral de, ao negociar, não
fazer distinções entre países por “simpatia” ou “antipatias”.
No jogo do comércio
mundial as relações não são baseadas no
amor.
Os Estados Unidos, que
proíbem a importação de produtos cubanos, num anacrônico bloqueio comercial de
meio século, não se escusam de exportar para a ilha de Fidel. São a quarta
maior fonte de importação do país, perdendo apenas para a China, a Espanha e,
por muito pouco, para o Brasil.
E importações crescentes,
que pularam de pouco mais
Ontem, a Folha se queixou,
em reportagem, do abandono das nossas crescentes e vantajosas trocas comerciais
com o Irã, amplamente superavitárias, como as com Cuba. É verdade, mas faltou
destacar que isso foi função das pressões políticas sobre o nosso pa´si, para
afastar-se dos persas e, por outro lado, do distensionamento das relações entre
o país e os Estados Unidos e a União Europeia, com o fim do governo
Amahjineahd.
Alguém pode imaginar gente
mais anticomunista que o General Geisel?
Pois foi em seu governo que
Ítalo Zappa, via Itamaraty, fez o Brasil plantar os pés no continente, a partir
dos recém libertos países de língua portuguesa, quase todos com governos
esquerdistas.
É tão raro que surja uma
análise lúcida sobre isso que faço questão de partilhar o comentário do
jornalista Kennedy Alencar, hoje de manhã, no Jornal da CBN sugerido pelo amigo
Clovis .
O link do Comentário do Kennedy Alencar clicando aqui
O link do Comentário do Kennedy Alencar clicando aqui
Kennedy explica o óbvio: que o dinheiro emprestado para as obras no excelente porto cubano de Mariel na foto, no ato de inauguração parcial, com Dilma e Raúl Castro – não é “investido lá fora”, mas aqui dentro, pelo compromisso de compra de bens e serviços para a obra em nosso país.
É bom negócio sem deixar de
ser solidariedade com um país latino americano que precisa de investimentos,
como nós precisamos de médicos que Cuba cede, com a devida compensação
financeira por isso.
*Por Fernando Brito in http://tijolaco.com.br/
Dr. Júlio Garcia,
ResponderExcluirUma visão cosmopolita e ampliada é tudo que precisamos de alguém que se propõe a escrever para que outros o leiam.
Mas tem de entender. Entender e compreender a História, suas nuances, seus revezes, a alma de um determinado povo, no passado, para entendê-lo nos dias atuais pois que como é sabido, a História costuma repetir-se. De nada adianta tentar querer passar a imagem de erudição, de conhecimento histórico e ficar repetindo bobagens ditas "ad nauseun" pelos jornais e pelos leitores de pautas de telejornais. Uma bobagem dita muitas vezes fica com um ar de profundidade, não é? E é o que a mídia do centro do país faz. Fala bobagens e os retumbadores maquetrefes só repetem achando que inventaram a roda.
Agora é a tal da "divergência" entre a Angela Merkel e a Dilma.
Até quem, até pouco tempo, limitava-se a comentar as nuances políticas do boqueirão e do Jaguari se sente na incumbência de apoiar a Merkel. Conhecem o quê de Europa, de Alemanha e de História? Que eu saiba, muito poucos a conhecem um pouco, ou por ter residido uns tempos por lá, ou por ser descendente e na quase obrigação de conhecer um pouco da história deste grande povo. Grande mas que nem por isto deixou de enganar-se com um ditadorzinho que por lá apareceu.
Mas enfim, falar sobre Dilma X Merkel, suas afinidades e suas divergências é diferente, anos-luz de diferença entre comentar sobre a eleição em Capão do Cipó, por exemplo. É bem mais complicado e por isto mesmo exige um conhecimento mais aprofundado do que as simples manchetes de ocasião dizem.
Confesso que pouco sei sobre a Alemanha e não gosto de tentar entender o que não tenho capacidade intelectual para compreender. Não é o caso dos repetidores de manchetes que nada acrescentam e que, iguais a macacos, só sabem repetir o que os outros inventam. É chique. Torna a gente "importante", "sabido", quase um intelectual.
Pobre gente,que pobreza!
'A História repete-se a primeira vez, como farsa; depois, como tragédia' (Karl Marx). É isso aí, caro Weimar. e mais um pouco!!! Abraço!
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