terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Porque investir em Cuba? E na África, e na América Latina? Não é caridade ideológica, é negócio



A simples menção ao nome Cuba costuma desencadear uma onda de reações estúpidas da imprensa e da classe média idiotizada, que não consegue compreender lhufas das necessidades de uma economia como a brasileira fazer bons negócios e obter posições estratégicas nos mercados mais promissores, sem falar obrigação moral de, ao negociar, não fazer distinções entre países por “simpatia” ou “antipatias”.

No jogo do comércio mundial  as relações não são baseadas no amor.

Os Estados Unidos, que proíbem a importação de produtos cubanos, num anacrônico bloqueio comercial de meio século, não se escusam de exportar para a ilha de Fidel. São a quarta maior fonte de importação do país, perdendo apenas para a China, a Espanha e, por muito pouco, para o Brasil.

E importações crescentes, que pularam de pouco mais

Ontem, a Folha se queixou, em reportagem, do abandono das nossas crescentes e vantajosas trocas comerciais com o Irã, amplamente superavitárias, como as com Cuba. É verdade, mas faltou destacar que isso foi função das pressões políticas sobre o nosso pa´si, para afastar-se dos persas e, por outro lado, do distensionamento das relações entre o país e os Estados Unidos e a União Europeia, com o fim do governo Amahjineahd.

Alguém pode imaginar gente mais anticomunista que o General Geisel?

Pois foi em seu governo que Ítalo Zappa, via Itamaraty, fez o Brasil plantar os pés no continente, a partir dos recém libertos países de língua portuguesa, quase todos com governos esquerdistas.

É tão raro que surja uma análise lúcida sobre isso que faço questão de partilhar o comentário do jornalista Kennedy Alencar, hoje de manhã, no Jornal da CBN sugerido pelo amigo Clovis .

O link do Comentário do Kennedy Alencar clicando aqui

Kennedy explica o óbvio: que o dinheiro emprestado para as obras no excelente porto cubano de Mariel na foto, no ato de inauguração parcial, com Dilma e Raúl Castro – não é “investido lá fora”, mas aqui dentro, pelo compromisso de compra de bens e serviços para a obra em nosso país.

É bom negócio sem deixar de ser solidariedade com um país latino americano que precisa de investimentos, como nós precisamos de médicos que Cuba cede, com a devida compensação financeira por isso.

*Por Fernando Brito in http://tijolaco.com.br/

2 comentários:

  1. Dr. Júlio Garcia,
    Uma visão cosmopolita e ampliada é tudo que precisamos de alguém que se propõe a escrever para que outros o leiam.
    Mas tem de entender. Entender e compreender a História, suas nuances, seus revezes, a alma de um determinado povo, no passado, para entendê-lo nos dias atuais pois que como é sabido, a História costuma repetir-se. De nada adianta tentar querer passar a imagem de erudição, de conhecimento histórico e ficar repetindo bobagens ditas "ad nauseun" pelos jornais e pelos leitores de pautas de telejornais. Uma bobagem dita muitas vezes fica com um ar de profundidade, não é? E é o que a mídia do centro do país faz. Fala bobagens e os retumbadores maquetrefes só repetem achando que inventaram a roda.
    Agora é a tal da "divergência" entre a Angela Merkel e a Dilma.
    Até quem, até pouco tempo, limitava-se a comentar as nuances políticas do boqueirão e do Jaguari se sente na incumbência de apoiar a Merkel. Conhecem o quê de Europa, de Alemanha e de História? Que eu saiba, muito poucos a conhecem um pouco, ou por ter residido uns tempos por lá, ou por ser descendente e na quase obrigação de conhecer um pouco da história deste grande povo. Grande mas que nem por isto deixou de enganar-se com um ditadorzinho que por lá apareceu.
    Mas enfim, falar sobre Dilma X Merkel, suas afinidades e suas divergências é diferente, anos-luz de diferença entre comentar sobre a eleição em Capão do Cipó, por exemplo. É bem mais complicado e por isto mesmo exige um conhecimento mais aprofundado do que as simples manchetes de ocasião dizem.
    Confesso que pouco sei sobre a Alemanha e não gosto de tentar entender o que não tenho capacidade intelectual para compreender. Não é o caso dos repetidores de manchetes que nada acrescentam e que, iguais a macacos, só sabem repetir o que os outros inventam. É chique. Torna a gente "importante", "sabido", quase um intelectual.
    Pobre gente,que pobreza!

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  2. 'A História repete-se a primeira vez, como farsa; depois, como tragédia' (Karl Marx). É isso aí, caro Weimar. e mais um pouco!!! Abraço!

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