sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Opinião







O ódio de Classe x os Avanços e a Revolução Democrática no Brasil

“Ela virá, a Revolução conquistará  à todos o direito não somente ao pão mas,
também, à poesia”. (Leon Trotsky)

Por Rômulo Vargas*

O Brasil, nestes últimos dez anos vem passando por uma profunda revolução em sua estrutura social e de governo. Alimentado pela distribuição de renda e por políticas fortes de desenvolvimento humano, o pais entra em um novo ciclo de mudanças que alavancaram o seu protagonismo no cenário mundial.

As ações de governo implementadas pelo Partido dos Trabalhadores e aliados, com um olhar de futuro, conseguiram provocar uma drástica metamorfose que elevou milhões a melhores condições de vida. O Brasil cresceu, pagou a dívida externa (dita impagável), distribuiu renda, promoveu a educação inclusiva e universal, levou luz aos mais inóspitos grotões, bem como água onde se tinha sede - e moradia a quem precisava. Sem falar da oferta de emprego, do direito ao consumo, da universidade gratuita, das bolsas de ensino no exterior, fortaleceu a agricultura familiar e transformou o país num celeiro mundial.  Na área da saúde trouxe médicos de fora para trabalhar nas periferias e meios rurais, onde nunca até então havia tido um médico sequer. O governo criou programas de distribuição de medicamentos a pacientes hipertensos e diabéticos, e instalou a Rede Cegonha para fazer o acompanhamento pré-natal, criando também o os programas ‘Brasil Sorridente’, o ‘Brasil Carinhoso’ e o ‘Minha Casa Melhor’, dentre outros.

            A estabilidade econômica e o crescimento frente às crises mundiais fazem do nosso país uma Nação respeitada e modelo para o mundo todo. Mas existem alguns setores que ainda não conseguem (?!) reconhecer o avanços que os últimos três governos vêm construindo. A possibilidade de acesso ao crédito e a facilidade para se adquirir bens e serviços levaram a formação de uma nova classe social que avançou por toda a nação. Ela ingressou em cinemas, teatros, aeroportos, universidades, hospitais e clínicas particulares, assim, como e shoppings, revendas de automóveis e, porque não, nas nossas praias no verão.

            Mas isso, claro, incomodou muita gente. Aquelas pessoas que sempre se sentiam reconfortadas ao saberem que o filho da empregada jamais poderia cursar uma faculdade, quanto mais à mesma que o seu filho. Ou que achavam que pedreiro não poderia ter carro, e um retirante nordestino não deveriam adentrar aos shoppings da zona sul. Estes acham que o Brasil esta caindo em um grandioso e obscuro abismo.

            Felizmente estes são minoria! Capazes de uma mediocridade sem tamanho são levados pelos gemidos moribundos de uma mídia que agoniza por pensar e difundir estas idéias de segregação e ódio. Não o sendo capaz nem mesmo de noticiar a realidade com a qual já não se compromete. Pinta um céu de abutres onde se enxergam borboletas.

            A grande e reconhecida filósofa Marilena Chaiu, que intitulou esta parcela arrogante da sociedade de ‘Classe Média’, detona: “A ‘classe média’ é o atraso da vida... é uma abominação política,  porque é fascista. É uma abominação ética porque ela é violenta,  é uma abominação cognitiva porque ela é ignorante. Fim”. E facilmente podemos perceber todo o inconformismo de quem não consegue ter ao seu lado no vôo pra New York o porteiro do prédio.

            O Partido dos Trabalhadores – guardadas as proporções -  esta sendo protagonista de uma grande Revolução Permanente, idealizada por Marx e melhor definida por Trotsky. Claro está que não precisamos ‘pegar em armas’ para que o proletariado tivesse, pelo menos, alguns dos  direitos até então desfrutados somente pela  burguesia. A ‘Revolução Democrática’ esta se dando no dia-a-dia, no comprometimento deste governo com quem mais precisa e no desejo de construir um Brasil mais igual para cada brasileiro.

            Ainda há muito que se fazer, ainda há muito que se projetar. Estes primeiros anos forram marcados pela Revolução que conduziu o individuo à dignidade – tornando-o sujeito de si e parte integrante da sociedade que antes o excluía; o próximo período será/está sendo marcado pela Revolução estrutural, que modificará o pais como um todo – tratando mazelas que jamais tiveram a devida atenção. E ai já podemos perceber grande investimentos em ferrovias, em geração de energia, em portos e aeroportos, bem como em mobilidade urbana e rodovias. A Revolução Democrática ainda seguirá, com cada vez mais avanços econômicos, culturais e humanos. Esse é o dever do nosso Governo, do PT e seus aliados  - e de toda a sociedade.

*Rômulo Vargas Neto (foto) é assessor parlamentar e vice-presidente do PT de Santiago/RS.

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