O senador Aécio Neves, a esta altura, deve estar em cólicas.
Confirmada a adesão de
Marina Silva à candidatura Eduardo Campos e sua presença como vice do
neocoronel nordestino, sua já frágil candidatura entra em parafuso.
Nem tanto pela eventual
expressão eleitoral que possa ter Campos como candidato de Marina, que é algo
ainda a ser provado, porque vice tem a importância eleitoral que Índio da Costa
ilustra bem.
Mas porque isso pode
significar um movimento de reposicionamento do poder econômico em favor do
“galeguinho dos olhos verdes” como forma de tentar derrotar o projeto
progressista que Lula, com Dilma, representa.
Ou, traduzindo melhor, um
definitivo abandono da elite paulista ao PSDB como seu instrumento de captura
do poder.
Em política, todos sabem,
as somas não são aritméticas.
Os quatro de Campos e os
dezesseis de Marina não somam 20.
Mas, talvez, somem os 13%
de Aécio.
E um candidato
“confiável” para a direita com mais de
13% não é o mesmo que Marina com 20 ou 25%.
É uma alternativa, que
Marina não era, sozinha, cabendo-lhe o papel, apenas, de garantir o segundo
turno, quando fosse ultrapassada pela ação da máquina partidária do PSDB.
Do estranho
“contubérnio”, como dizia o velho Brizola, entre Campos e Marina, renasce José
Serra.
Serra é o “Boi Garantido”
da direita, papel que Aécio nao conseguiu conquistar.
Está vivíssimo, de novo.
Aécio perdeu o duelo dos
netinhos.
Talvez seja preciso
chamar o vovô.
Por: Fernando Brito -
http://tijolaco.com.br
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